As primeiras imagens registradas pelo Sirius, maior acelerador de partículas do Brasil, inaugurado em novembro de 2018, foram divulgadas pelo Laboratório Nacional de Luz Síncroton, responsável por administrar o projeto sediado em Campinas (SP).
Neste teste inicial, que consistiu no registro de imagens de raios-x tiradas do coração de um camundongo e de uma rocha, foi utilizada uma potência 13 mil vezes menor do que a projetada originalmente para o Sirius, de acordo com a BBC, possibilitando visualizar a chegada da luz síncroton pela primeira vez em uma das futuras estações experimentais do acelerador.
Em entrevista ao site do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), a cientista Nathaly Archilha, responsável pelas análises deste primeiro trabalho da máquina, afirmou que as imagens captadas durante o teste são um marco para o projeto, pois mostram que o novo acelerador funciona da maneira como foi planejado.
A pesquisadora fez questão de ressaltar que os resultados obtidos impressionam e que a sua equipe poderá analisar amostras ainda maiores quando a estrutura estiver completamente pronta, como as rochas do pré-sal, por exemplo, citadas por ela.
O que faz o Sirius?
Com potencial para se tornar o acelerador de partículas de 4ª geração mais moderno do mundo quando estiver funcionando em sua totalidade, o Sirius possui a capacidade de analisar a estrutura e o funcionamento de estruturas micro e nanoscópias de maneira inédita.
Em uma explicação mais simples, é como se ele tirasse um raio-x em 3D e em movimento de partículas extremamente minúsculas e densas e de outros tipos de materiais, trazendo inúmeras possibilidades para a ciência e a tecnologia.
A previsão é de que o novo acelerador de partículas brasileiro esteja finalizado em 2020, contando com 13 estações de pesquisa e se tornando a maior fonte de luz síncroton do mundo.
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