Cientistas da Universidade Nacional de Pesquisa Nuclear da Rússia desenvolveram um novo método de análise da escrita que pode facilitar a detecção de transtornos mentais apenas verificando a caligrafia com a ajuda de um laser e um algoritmo. A novidade foi apresentada em um estudo publicado na revista Laser Physics Letters.
De acordo com os físicos que participaram da pesquisa, algumas falhas na escrita à mão podem estar relacionadas, em muitos casos, a uma série de distúrbios neurológicos, incluindo problemas como autismo, déficit de atenção e hiperatividade, mal de Parkinson e Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC).
Para detectar tais falhas, eles mediram a velocidade da escrita e a pressão exercida pela caneta ou lápis no papel, utilizando um laser sensível a impactos mecânicos, capaz de identificar até alterações feitas nos níveis macro e nano. Todos estes dados são registrados por uma câmera especial.
A seguir, os dados obtidos com o uso do laser são analisados no computador com a ajuda de um algoritmo que calcula e restaura as informações sobre os movimentos feitos pelo lápis ou caneta no papel em 3D. Com essas informações em mãos, é possível estudar a biomecânica do movimento das mãos para identificar possíveis problemas mentais.
Método pode ser usado em investigações criminais
Uma das principais utilidades deste método desenvolvido pelos pesquisadores russos é a identificação de doenças neurodegenerativas e mentais, como autismo, esquizofrenia e epilepsia. Se usado em crianças, ele possibilita acompanhar o progresso de tais enfermidades desde cedo.
Mas os cientistas afirmam que o algoritmo também pode ser muito eficaz na área da criminalística, permitindo analisar as características da escrita de suspeitos, vítimas e testemunhas de crimes, adicionando novos elementos à investigação.
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