Um grupo de cientistas da Universidade Northwestern está trabalhando no desenvolvimento de uma "pele artificial" que permite recriar contato físico em realidade virtual. Com a tecnologia, é possível dar abraços e realizar outras interações em ambientes digitais. Em tese, é algo parecido com o que vemos no filme Jogador N° 1, de Steven Spielberg.
O tecido é feito de um material especial flexível que pode ser colocado no corpo e gera vibrações na pele para simular reações táteis. O dispositivo que está sendo testado atualmente tem cerca de seis polegadas, funciona sem fio e possui 32 sensores para recriar o toque de forma digital.
"Estamos expandindo os limites e capacidades da realidade virtual e aumentada", comentou Yonggang Huang, co-autor do estudo, para o Daily Mail. "Em comparação aos olhos e os ouvidos, a pele é uma interface sensorial relativamente pouco explorada e que pode melhorar significativamente as experiências."
Evolução para próteses
Além de gerar grandes avanços para a realidade virtual, a novidade também promete trazer evoluções no campo da medicina. Os criadores da pele artifical também indicam que o sistema pode ser utilizado para ajudar pessoas que utilizam próteses a ter sensações táteis. Como o material é flexível, a tecnologia se adapta ao formato da parte do corpo e garante um reconhecimento mais preciso na hora da simulação.
"A sensação de toque é muito importante", disse o pesquisador Christof Lutteroth, explicando que o retorno tátil pode ser útil até mesmo em situações cotidianas, como abrir uma porta no frio ou manipular objetos quentes. Os pesquisadores pretendem, inclusive, trazer simulação de temperatura para a pele artificial, o que deixará a tecnologia ainda mais imersiva e, consequentemente, próxima da realidade.
Fontes
Categorias