Que a corrida espacial agora tem a Ásia como grande arena de disputa, isso já não é novidade. Índia, Japão e China têm mostrado aos já veteranos EUA e Rússia que, mesmo com a União Europeia unindo esforços globais, o mundo precisa de um líder – e a China está ganhando a disputa.
Este ano, a gigante comunista lançou ao espaço 27 missões orbitais, o que faz do país o que mais lançou foguetes no planeta, abrindo caminho para se tornar líder global na corrida pela exploração espacial. Isso inclui anunciar que, até 2050, seu programa espacial terá estabelecido uma zona econômica espacial, o que se concretizaria em uma grande estação espacial operando na órbita baixa da Terra.
O programa espacial da China trabalha sempre acima das metas que estabelece: em 2018, o objetivo era alcançar 35 lançamentos orbitais (foram 39), seguidos dos EUA (29 voos) e da Rússia (20). Este ano, já acumula 27 missões orbitais (a Rússia marcou 19 no placar e os EUA, apenas 16 – o país tem apenas mais seis voos programados até a virada do ano).
Space X tem concorrentes na China
Quando de fala em voos orbitais e reaproveitamento de naves, o nome da Space X é o primeiro em que se pensa. Mas foi ela que fez os EUA retrocederem em sua liderança: em 2018, foram 21 missões; este ano, apenas 11 foguetes ganharem o espaço.
Em contrapartida, a startup chinesa LinkSpace já está em fase final de testes de seu foguete reutilizável. Um dos objetivos é montar constelações de satélites comerciais para uso em internet de alta velocidade (isso lembra alguma coisa?). A empresa chinesa espera cobrar cerca de US$ 4,3 milhões por lançamento, já em 2020.
Oferecer voos espaciais a baixo custo é também o objetivo de outra empresa baseada em Pequim, a iSpace. A companhia pretende lançar seu foguete reutilizável em 2021.
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