Drones são usados para realizar tarefas perigosas para seres humanos, mas eles têm limitações, principalmente tácteis. Inspecionar as fachadas de arranha-céus revestidos de vidro e trocar lâmpadas estão entre elas.
Para isso, uma equipe do Instituto de Automação Shenyang (SIA, sigla em inglês) da Academia Chinesa de Ciências criou um drone capaz de avaliar as condições dos painés de vidro e até trocar uma lâmpada. Ele usa uma matriz de sensores de pressão, presa na extremidade de um braço mecânico articulado. Ao pressionar cada painel, o sensor registra se há folgas na instalação do vidro, entre outras coisas.
O problema maior resolvido pela equipe era manter o drone voando; normalmente, se um drone autônomo entra em contato com uma superfície inflexível durante o voo, ele simplesmente para.
A intenção da equipe chinesa é estender os usos do protótipo além do objetivo inicial. Até agora, o drone conseguiu realizar algumas tarefas simples, como ativar um interruptor de luz, trocar lâmpadas e escrever o nome do instituto em uma parede de vidro. "Num futuro próximo, poderemos usá-lo em aplicações especiais, como amostragem científica", diz o líder do projeto, Meng Xiangdong.
Sem drone, mas com robô operário
Usar robôs na manutenção de prédios não é novidade, mas ainda não tão comum. Assim como a máquina chinesa, o SAM faz a verificação das paredes externas de arranha-céus.
Para isso, ele é baixado do teto do edifício através de um sistema personalizado, o que permite que SAM desça e registre imagens que são retransmitidas para o operador no chão. Por um tablet, o operador avalia cada foto enviada, procurando por rachaduras, molduras de janelas com defeito e outros problemas. As imagens são registradas em um mapa digital em 3D da construção.
Segundo a empresa canadense FTD, que usa o robô, o trabalho de inspecionar um prédio de 20 andares termina em menos de dois dias; um inspetor humano levaria semanas, com custos e risco muito mais altos.