Um time de cientistas desenvolveu uma nova pele artificial que permite que aparelhos eletrônicos como celulares, dispositivos usáveis, computadores e próteses detectem sensações e identifiquem gestos, movimentos e ações como carícias, cócegas e beliscões através do toque. Veja no vídeo a seguir – e se prepare, pois, a aparência da pele sintética é ligeiramente perturbadora! Assista à demonstração:
Pele artificial
A nova interface foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, em parceria com cientistas da Universidade de Sorbonne e da Telecomm ParisTech, ambas na França. Batizada de Skin-On, segundo explicaram os cientistas, a inspiração veio da própria pele humana e foi desenvolvida com o objetivo de tornar os dispositivos eletrônicos que usamos no nosso dia a dia mais interativos.
Para isso, a equipe criou uma engenhoca de silicone composta por diversas membranas, incluindo uma que apresenta texturas como a da pele humana e outra contendo eletrodos, sensores e condutores. O resultado, como você viu no vídeo, é uma cobertura que realmente parece ter sido removida do corpo de uma pessoa... e que permite que o dispositivo que ela recobre “sinta” quando alguém o toca e diferencie uma cosquinha de um apertão, por exemplo.
Mas não é só isso: os cientistas trabalharam em um aplicativo de troca de mensagens através do qual os usuários podem se expressar por meio de toques sobre a pele artificial, eliminando a necessidade de que se tenha que usar teclados ou mouses para digitar mensagens – e a interface é capaz de conferir significado aos estímulos recebidos. Assim, enquanto um aperto mais forte transmite a sensação de agressividade, as cócegas produzem risadas, toques leves, surpresa, e assim por diante.
Durante os experimentos, os pesquisadores usaram a pele sintética como capinha de celular, sobre o mouse de um notebook e na pulseira de um relógio inteligente, ou seja, em 3 dispositivos que, entre outras coisas, normalmente usamos para nos comunicar com os outros. O que a interface proporciona é a possibilidade de transmitir emoções, sensações e enriquecer a interação entre pessoas através de eletrônicos, uma vez que isso se perde quando conversamos por meio de dispositivos com alguém.
A pele sintética apresentada agora já foi produzida em diversas tonalidades, mas ainda é um protótipo. E, em experimentos futuros, ela poderá ser usada em testes para revestir robôs e próteses, para tornar a interação mais realista e natural entre pessoas e máquinas.