Cientistas da Universidade George Mason, na Virginia, EUA, não encontraram 1 nem 2 buracos negros supermassivos, mas um sistema composto por 3 dessas estruturas – todas em plena rota de colisão! Segundo Shane McGlaun, do site Slash Gear, os buracões se encontram a por volta de 1 bilhão de anos-luz de distância da Terra (ainda bem que essa trombada vai ocorrer bem longe de nós) e foram descobertos graças a observações realizadas por diversos telescópios, incluindo alguns da NASA, como o WISE, o Chandra, o Hubble e o NuSTAR.
Megacolisão
De acordo com Shane, o sistema foi batizado com a sigla SDSS J084905.51+111447.2 e foi identificado por meio da combinação de dados coletados por vários equipamentos – situados no nosso planeta e em órbita. No entanto, em um primeiro momento, os cientistas pensaram que, em vez de um trio de buracos negros supermassivos, se tratava de galáxias em colisão.
Porém, durante a análise das informações, os pesquisadores observaram que o sistema apresentava um brilho bastante intenso na faixa do infravermelho – indicando que, mais que uma simples fusão de galáxias, o trio se encontrava em uma etapa da colisão em que um dos buracos negros passa a “engolir” grande quantidade de matéria. Então, após conduzirem outras observações, os cientistas detectaram emissões de raios-X que, por sua vez, revelaram que os 3 buracões nos centros das galáxias se encontravam em pleno banquete.
Ademais, as leituras realizadas pelos equipamentos revelaram a presença de grandes quantidades de gás e poeira cósmica nas imediações de um dos buracos negros, o que consiste em evidências de que a trombada entre essas estruturas se encontra em andamento. O bacana da descoberta é que, se já é superdifícil para os astrônomos se depararem com duplas de buracos negros em processo de fusão – eventos esses que dão aos cientistas oportunidades únicas para a realização de inúmeros estudos, mas que são raríssimos e complexos de se observar –, imagine no caso de trios!
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