A notícia divulgada pelo site Space.com mostra que a intenção da NASA é construir e lançar no espaço um telescópio infravermelho que seja capaz de prever, antecipadamente, até dois terços de asteroides que possam estar em rota de colisão com a Terra. O projeto está estimado entre US$ 500 e 600 milhões.
Perspectivas da NASA
A ideia de usar esse tipo de ferramenta está associada à limitação que os telescópios atuais apresentam. Até hoje, foram detectados apenas 30% de objetos de ao menos 140 metros de diâmetro que podem colidir com o planeta. Em um primeiro momento, a ideia é que a nova tecnologia possa identificar 65% de asteroides com essa característica; depois, o plano é aumentar para 90%.
O projeto intitulado “Near-Earth Object Surveillance Mission” tem a expectativa de ser uma combinação entre uma instalação terrestre que está sendo construída no Chile e a nova tecnologia infravermelha, apelidada de NEOCam. O diferencial dessa ferramenta será encontrar corpos celestes mais escuros, indetectáveis na luz visível, que sejam ameaçadores para o planeta. No entanto, para atender essas estimativas é preciso que o Congresso aprove um aumento de US$ 150 milhões no orçamento anual da NASA para defesa planetária.
Um importante debate
Levando em consideração que no início deste mês a NASA não foi capaz de identificar, até o último minuto, um asteroide do tamanho de um campo de futebol que passou a 65 mil quilômetros da Terra, o investimento em novas tecnologias pode ser algo de fundamental importância para a proteção do planeta. Assim, cabe à agência espacial e ao Congresso dos EUA chegarem a um acordo sobre a efetividade do uso de uma nova ferramenta — e como ela poderá ser empregada para defender a Terra de possíveis ameaças.
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