Uma equipe de exploradores e pesquisadores liderada pela Agência Espacial da Islândia (ISA) se reuniu em locais remotos do país para simular uma exploração a Marte. Equipados com o traje MS1 Mars, desenvolvido na Rhode Island School of Design pelo coordenador da NASA, Michael Lye, o grupo foi até a calota de gelo Vatnajökull para ter acesso ao interior do vulcão Grímsvötn. O teste aconteceu entre o fim de junho e o início de agosto e teve duração de 11 dias.
O cenário glacial, terroso e desértico se assemelha muito à região polar do Planeta Vermelho, com superfície idealmente desafiadora para testar as habilidades dos 7 participantes. A vestimenta criada por Lye também foi colocada à prova; inspirado no protótipo do traje Z-2 da NASA, o MS1 Mars, que pesa 23 kg, não é exatamente adequado às condições de Marte, mas o seu peso simula o que o Z-2 pesaria na gravidade do globo marciano (na Terra, ele pesa 65 kg).
Com o intuito de provar que o equipamento não seria adequado apenas para homens, a geóloga Helga Kristin escalou uma geleira vestindo o protótipo. Por mais incrível que possa parecer, a tentativa recente de enviar duas mulheres em uma missão 100% feminina ao espaço foi frustrada pela falta de trajes adaptados, e uma das astronautas teve que ceder o lugar a um colega homem. Contudo, o MS1 Mars tem capacidade de adaptação às diferentes constituições físicas.
De acordo com Lye, o objetivo era concluir tarefas árduas vestindo a sua criação. "A ideia é que qualquer coisa que você faria enquanto explorasse Marte, qualquer atividade, como pesquisar, viajar ou apenas se mover, seja possível com esse traje", explica. Apesar de falhas técnicas e condições climáticas adversas, a missão foi bem-sucedida, e pesquisas devem continuar sendo feitas na região. Além de comprovar a viabilidade da vestimenta, os testes realizados preparam a humanidade para futuras missões extraterrestres.
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