A astronauta americana Anne McClain está sendo acusada de ter acessado a conta de sua ex-esposa a partir da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) sem a devida autorização. De acordo com a NASA, o ato configuraria o primeiro crime oficialmente ocorrido no espaço.
McClain e Summer Worden estavam juntas desde 2014. O pedido de separação veio em 2018, antes de McClain ser enviada à ISS, em dezembro, onde permaneceu em missão até junho de 2019.
Pelo Twitter, McClain explicou que as acusações de Worden, que é ex-oficial de inteligência da Força Aérea Americana, são falsas, o que inclui roubo de identidade e acesso indevido a registros financeiros privados. “De forma alguma há verdade nessas alegações. Passamos por um doloroso processo de separação que, infelizmente, agora está na mídia. Agradeço pelas manifestações de apoio e só irei me pronunciar após o fim das investigações. Confio plenamente no processo da IG”, disse McClain.
There’s unequivocally no truth to these claims. We’ve been going through a painful, personal separation that’s now unfortunately in the media. I appreciate the outpouring of support and will reserve comment until after the investigation. I have total confidence in the IG process.
— Anne McClain (@AstroAnnimal) August 24, 2019
Na queixa apresentada por Worden, ela acusa ex-companheira, não apenas de visualizar a conta, mas de realizar operações sem sua autorização. McClain, por sua vez, se defendeu afirmando ter feito ações normais e cotidianas, ao separar quantias de dinheiro para o pagamento de boletos e para cuidar do filho originalmente adotado por Worden. Ela, inclusive, disse que, apesar da conta estar no nome de Worden, as duas a acessavam como se ela fosse conjunta e que a ex-esposa nunca havia pedido que o acesso fosse interrompido, tanto que a senha não foi trocada.
Em favor de McClain, conta o fato de não ter sido comprovado nenhuma transferência de fundos para outras contas, ou retirada de dinheiro por meio de pagamentos e outras atividades.
O caso está sendo investigado pela Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) dos EUA em parceria com a NASA, mas deve enfrentar algumas complicações burocráticas devido à necessidade de sigilo dos sistemas de comunicação da agência espacial, que teria que ser quebrado a fim de se analisar a conexão realizada à conta.
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