Um esquipe de cientistas canadenses e americanos puderam captar uma enorme quantidade de explosões rápidas de ondas de rádio repetitivas provenientes do espaço profundo. Essas explosões, chamadas em inglês pela sigla FRB (fast radio burst) começaram a ser captadas em 2007 e foram originadas há milhões ou até mesmo bilhões de anos-luz da Terra, sendo que apenas uma quantia muito pequena delas era identificada como repetitiva.
Desta vez, os pesquisadores usaram o Experimento Canadense de Mapeamento de Intensidade de Hidrogênio (CHIME, na sigla em inglês), e conseguiram captar oito novas FRBs repetitivas. A descoberta foi enviada ao Astrophysical Journal e foi publicada no site de pré-impressão do Arxiv neste mês de agosto.
De acordo com Ryan McKinven, um dos pesquisadores da equipe, e que é baseado na Universidade de Toronto, as RFBs repetitivas são muito importantes para o estudo desses fenômenos, uma vez que elas permitem uma melhor observação do ponto (galáxia) de onde elas se originaramm, dando, também, a oportunidade para entendermos melhor o que as produziram.
Além disso, os pesquisadores vão poder analisar outras amostras até então consideradas não repetitivas, e tentar descobrir se elas também são repetitivas, mas apenas possuem um intervalo maior de frequência.
Par se ter ideia da importância dessa nova coleta de dados, nos últimos 12 anos, apenas quatro FRBs foram consideradas como repetitivas. Destas, duas são mais recentes: uma captada na Rússia e a outra na Austrália. Agora, o número das FRBs repetitivas triplicou: de quatro para 12.
Além do número significativo, o CHIME pôde captar, pela primeira vez, FRBs muito próximas da nossa galáxia, o que serviu para deixar os cientistas mais esperançosos sobre a origem desses sinais, que vêm intrigando-os há mais de uma década.
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