Mais de dois mil jovens entre 15 e 24 anos foram entrevistados em uma pesquisa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT) sobre seus interesses e conhecimentos na área de ciências. Os resultados foram divergentes.
De acordo com o levantamento, 51% dos jovens brasileiros acreditam que o Brasil está atrasado no ramo das pesquisas científicas, mas, ao mesmo tempo, 93% deles não souberam citar o nome de um cientista brasileiro sequer. 87% deles também não lembram o nome de qualquer instituição com esse foco no país.
Segundo dados da Clarivate Analytics, 12 cientistas nacionais estão na lista dos mais influentes no mundo, e o país é o 13º maior produtor de publicações de pesquisa, se destacando principalmente nas áreas de astronomia, astrofísica e ciências espaciais.
Uma reclamação constante entre os entrevistados foi a dificuldade em conseguir distinguir se uma notícia científica é verdadeira ou não, principalmente entre os de menor escolaridade. Contudo, também é evidente que a facilidade na distinção das fake news é maior de acordo com o grau de consumo de informação científica e dos hábitos culturais dessas pessoas. Apenas 26% dos entrevistados alegaram consumir conteúdos científicos com frequência.
Para Luisa Massarani, coordenadora da pesquisa e líder do Instituto, ficou clara a necessidade de se pensar em estratégias para tornar os conteúdos científicos mais acessíveis aos jovens no país.
"Nosso objetivo com este estudo, que inclui survey de caráter nacional, entrevistas e grupos de discussão, é justamente trazer luzes para esta questão, o que pode gerar subsídios para desenhar políticas públicas e iniciativas de divulgação científica destinada aos jovens", comentou.
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