Um time de astrônomos focado em estudar sistemas estelares binários acidentalmente se deparou com algo inusitado: uma nova classe de estrelas pulsantes com comportamento bastante peculiar. Os astros foram identificados enquanto os especialistas da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, nos EUA, observavam sóis de rotação rápida e notaram que alguns faziam algo diferente.
Inspire, expire...
De acordo com os pesquisadores, é comum que ocorram flutuações no brilho que uma estrela emite, tanto que o nosso Sol, embora pareça brilhar de forma constante quando o observamos, também apresenta essas oscilações. No entanto, nos astros descobertos pelos astrônomos da Universidade da Califórnia, a variação no brilho se dá de forma mais intensa, em pulsos mais fortes intercalados por mais fracos a cada poucos minutos.
Os cientistas acreditam que se trata de "subanãs", ou seja, pequenos astros com massas inferiores à metade do Sol, mas com temperaturas muito mais elevadas do que a da nossa estrela. Além disso, eles intuem que essas estrelas provavelmente já converteram todo o hidrogênio de seu núcleo em hélio e, por conta disso, seu brilho passou a oscilar.
Para descrever melhor o comportamento desses astros, os pesquisadores explicaram que é como se as estrelas estivessem "respirando fundo", então o aumento e a redução no brilho seriam os movimentos de inspiração e expiração. Entretanto, como se trata de objetos de pequenas dimensões (quando comparados ao tamanho que as estrelas podem alcançar), a variação no brilho ocorre em intervalos regulares, mas curtos.
Aliás, foi graças a essa rápida flutuação que os astrônomos conseguiram determinar a estrutura e o tamanho das estrelas. Através do uso de modelos e simulações, o time acredita que não só poderá encontrar mais desses astros pelo cosmos como também outras classes que ainda não foram descobertas.
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