Um fotógrafo passou 2 anos planejando essa incrível foto do último eclipse

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Imagem: Wired / Reuben Wu

A imagem que você vê acima – e poderá contemplar com mais detalhes logo abaixo – foi capturada durante o último eclipse solar, ocorrido no início de julho deste ano. Aqui no Brasil, o evento pôde ser acompanhado parcialmente em algumas regiões, mas, no Chile, o espetáculo celeste pôde ser observado em sua totalidade. E foi para lá que o fotógrafo Reuben Wu se mandou para registrar o belíssimo retrato. Confira abaixo:

(Fonte: Wired/Reuben Wu/Reprodução)

Linda, né? E não pense que Wu simplesmente ficou sabendo que estava para rolar um eclipse, viajou dos EUA até o país sul-americano, apontou a câmera para o horizonte e pressionou o disparador. Nada disso! Segundo contou a Michael Hardy, do site Wired, o fotógrafo começou a planejar como capturaria a imagem quase 2 anos antes, quando aconteceu o “Grande Eclipse Americano”, em agosto de 2017, evento que pôde ser observado em sua totalidade de costa a costa dos EUA e foi acompanhado por milhões de norte-americanos.

Empenho

Obviamente, Wu fotografou o eclipse na ocasião – ele escolheu um ponto remoto no Wyoming para observar a Lua se interpor entre a Terra e o Sol e encobrir a estrela completamente –, e seu objetivo principal era capturar a corona solar, ou seja, o anel luminoso que se torna visível quando ocorre o alinhamento perfeito e o nosso satélite se posiciona diretamente diante do Sol.

(Fonte: Wired/Reuben Wu/Reprodução)

No entanto, enquanto estava preocupado em fotografar o anel, Wu se deu conta de que outra coisa interessante acontece durante um eclipse solar total, mas que ele acabou perdendo a oportunidade de registrar por não ter se preparado tão bem como imaginava. Quando o evento alcança seu ápice, se dá o que os astrônomos chamam de “umbra”, ou seja, o momento em que toda a luz do Sol é bloqueada e a sombra da Lua é projetada sobre a Terra.

Nessa etapa, que costuma ser bastante breve, as regiões atingidas pela umbra parecem mergulhar em uma espécie de pôr do sol – e Wu decidiu, lá em 2017, que no próximo eclipse total que tivesse oportunidade de fotografar, ele incluiria o anel luminoso e a sombra da Lua em uma imagem só.

(Fonte: Wired/Reuben Wu/Reprodução)

Bem, o eclipse seguinte foi esse que aconteceu no início do mês – e Wu passou quase 2 anos correndo atrás de patrocinadores, selecionando equipamentos, estudando qual seria a melhor abordagem para capturar o retrato e vasculhando mapas e imagens de satélite para definir o local ideal para fotografar.

Imagem única

Wu conseguiu encontrar quem bancasse a viagem dele e de sua equipe de cinco pessoas – cortesia de Adobe Lightroom, Mountain Hardwear e LumeCube –, colocou oito câmeras e dois drones na bagagem e encontrou o ponto ideal a partir de onde capturar a corona e a umbra em uma só imagem. Esse lugar, aliás, ficava no norte do Chile, em uma área remota no alto de um morro próximo à cidade de La Higuera. Para chegar ao topo, o time teve que subir com um 4 x 4 até determinado ponto e seguir a pé em uma trilha por mais de 1 km.

(Fonte: Wired/Reuben Wu/Reprodução)

O ponto selecionado ficava bem acima do nível do mar e longe da civilização – apenas outro grupo de pessoas escolheu a mesma área para assistir ao eclipse –, além de oferecer uma vista esplendida do horizonte. E Wu foi bem esperto, pois, em vez de apenas fotografar o eclipse e não observar o fenômeno, nesta ocasião ele programou as câmeras para capturarem imagens em intervalos pré-definidos, botou os drones para filmar tudo e aproveitou para curtir os (aproximadamente) 2,5 minutos que durou o espetáculo!

Sim, tudo isso por pouco mais de um par de minutinhos... Mas a foto valeu todo o esforço, você não acha? Ah! O próximo eclipse total vai rolar em dezembro do ano que vem e poderá ser observado no Chile e na Argentina. E adivinhe quem já está planejando como será a próxima imagem!

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