Motores e combustível para navegar pelo espaço? Em alguns anos, isso poderá ser coisa do passado! Financiado por um crowdfunding da Planetary Society, o projeto de satélite com vela solar LightSail lançou sua segunda versão em 25 de junho deste ano, com o objetivo de ser a primeira nave espacial na órbita da Terra movida apenas pela luz solar.
Desde seu lançamento, o LightSail 2 ampliou com sucesso sua antena, ativou seus painéis solares e, recentemente, implantou sua vela mylar, superando erros do teste feito com o LightSail original, em 2015. No último dia 23, o LightSail 2 finalizou a abertura total de sua vela, que tem uma superfície de aproximadamente 30 metros quadrados, o que garante mais fótons transmitindo energia para a espaçonave.
O projeto, que se baseia em uma exploração limpa do espaço, argumenta que embora foguetes possuam aceleração superior, comparando-se às velas solares, estes utilizam caros e tóxicos propelentes, o que ainda aumenta o peso de uma espaçonave. Enquanto isso, na contramão, as velas produzem um impulso suave e contínuo, utilizando os fótons que atingem o material da vela e representando uma tecnologia limpa e inovadora.
O LightSail 2 seguirá na órbita da Terra até agosto de 2020, aos poucos acelerando e elevando sua órbita por meio de uma roda de reação em sua estrutura, sendo vigiado por controladores no solo que alteram sua orientação.
De acordo com a Planetary Society, a vela solar poderá ser vista da Terra a olho nu. Mas, para aqueles que quiserem acompanhar a missão em detalhes, a Planetary Society lançou recentemente uma plataforma com informações em tempo real do LightSail 2.
Através do site, é possível visualizar o tempo decorrido da missão, a temperatura interna e suas variações, a quantidade de bateria, a taxa de rotação por segundo, a localização atual e todo o status do satélite, bem como fazer o download de dados recentes.
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