O estudo Robots and Racism, publicado pela University Of Canterbury, aponta que a discussão racial se estende também para o mundo da robótica. A pesquisa indica que a relação com os robôs muda de acordo com a sua cor; o principal autor do artigo, Christoph Bartneck, chegou à conclusão de que as pessoas atribuem às máquinas raças com características antropomórficas, reproduzindo pensamentos racistas.
O pesquisador sugere que a cor — preta ou branca — afeta o modo como acontece a interação. O resultado surgiu a partir de uma dinâmica baseada no Shooter Bias Test, na qual era preciso atirar em imagens de pessoas consideradas perigosas, com alguns robôs aparecendo na tela ocasionalmente. O ensaio apontou que vários robôs de cor preta, que não apresentavam nenhuma ameaça, foram mais atingidos do que os brancos.
Além da cor, a voz é um fator que aponta preconceito em robôs, por ser masculina na maioria das vezes. (Fonte: TheNextWeb/Reprodução)Fonte: thenextweb
Para Bartneck, o resultado é uma consequência da discriminação racial que atinge a população afro-americana. Segundo o cientista, as pessoas se enxergam nas máquinas, que falam e interagem como seres humanos, portanto fazem parte das dinâmicas sociais.
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