Não faz muito tempo desde que a primeira imagem de um buraco negro foi divulgada, o que consiste em um feito e tanto, uma vez que essas regiões do espaço atraem tudo o que se aproxima demais delas, inclusive a luz. Agora, uma equipe de astrônomos conseguiu gerar imagens de cinco buracos negros gigantescos girando. Como? Com uma combinação de tecnologia e ciência.
Supermassivos
De acordo com Jon Fingas, do site Engadget, as imagens foram obtidas por meio de dados coletados pelo telescópio espacial Chandra X-Ray Observatory (ou Observatório de Raios-X Chandra), da NASA, em conjunto com um efeito óptico conhecido como Lente Gravitacional. Esse efeito é possível graças à distorção no espaço-tempo provocada pela força gravitacional de objetos massivos que desviam a luz de corpos espaciais que se situem atrás deles (com relação ao observador), ampliando a luz emitida. Em outras palavras, os cientistas usam objetos celestes como lentes de uma lupa.
No caso dos cinco buracos negros, os cientistas usaram galáxias-lentes que se encontravam alinhadas entre o Chandra e os quasares onde eles se encontram, e como esses monstros espaciais não emitem luz, mas emitem radiação, o Observatório entrou em ação e capturou as imagens. Para detectar a rotação dos buracos negros, os astrônomos ainda empregaram outro efeito visual, o da Microlente Gravitacional, no qual, em vez de uma galáxia inteira, apenas estrelas que fazem parte dela são usadas como lupa.
(Fonte: NASA/Reprodução)
E como os astrônomos sabem que essas estruturas estavam girando? Porque, segundo Fingas, quanto menor for a região emitindo raios X, maior será a probabilidade de se trate de um buraco negro em rápida rotação. Aliás, um dos buracos identificados estava girando a velocidades absurdas, estimadas em 70% da velocidade da luz, o que consiste no limite máximo do que é teoricamente possível. Os outros quatro não eram o que podemos chamar de lentos, mas os pesquisadores determinaram que eles estavam girando com cerca de metade da velocidade do outro.
Com relação aos quasares observados, que são objetos cósmicos incrivelmente energéticos maiores do que estrelas, mas menores do que uma galáxia e com um núcleo ativo, segundo a NASA, eles se encontram entre 8,8 bilhões e 10,9 bilhões de anos-luz da Terra. Os buracos negros tiveram sua massa estimada entre 160 milhões e 500 milhões de vezes superior à do sol.
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