Peixe-robô com sistema circulatório é desenvolvido por cientistas

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Os robôs com aspecto humanoide que a ficção científica dos anos 1990 previa ainda não são uma realidade, mas pesquisadores das universidades de Cornell e da Pensilvânia podem ter dado um importante passo rumo a isso. Um peixe macio apresentado recentemente na revista científica Nature tem não apenas o aspecto de um peixe-leão real mas também se alimenta por meio de um sistema circulatório sintético.

O protótipo foi desenvolvido na tentativa de criar um exemplar mais autônomo, que não dependesse de grandes e pesadas peças de bateria e carregamento via energia elétrica, itens que normalmente dificultam a composição de peças robóticas mais realistas na imitação dos seres vivos.

(Fonte: Cornell News/Reprodução)

O peixe-leão artificial é também muito funcional. Ele consegue mover suas barbatanas e nadar contra a corrente, movimento que gera a energia necessária para alimentá-lo. Espalhadas pelo corpo, as baterias operam em conjunto com duas bombas que alimentam as barbatanas peitorais e a cauda; juntas, baterias e bombas agem mais como corações biológicos do que como os íon de lítio em um robô tradicional.

A autonomia na alimentação de energia resolve um problema antigo da robótica: o curto tempo de operação até que seja necessário recarregar. Segundo os pesquisadores, esse é o primeiro experimento do tipo que une o armazenamento em um único sistema multifuncional com a transmissão de força hidráulica para construir um robô. Isso porque, embora essas baterias já tenham sido aplicadas antes, não é comum que elas usem líquido para executar duas funções em uma única peça, como alimentar e gerar o movimento.

(Fonte: James Pikul/ Reprodução)

Embora sejam menos eficientes, as baterias líquidas conseguiram fazer com que o peixe nadasse por 36 horas, alcançando uma média de 1,5 vez seu comprimento por minuto, mesmo nadando contra a corrente — 8 vezes mais do que um robô similar, mas sem o sangue sintético.

Veja o robô peixe-leão em ação.

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