O gato Ryzhik enfrentou um frio extremo de -40 °C em janeiro de 2019 e foi encontrado com as patas congeladas e gangrena se espalhando rapidamente. Casos como este são normais nos invernos intensos da Rússia e, normalmente, animais como Ryzhik são sacrificados, já que a qualidade de vida do bichano é muito prejudicada depois das amputações. Mas Ryzhik ganhou na loteria: ele foi adotado e levado a uma clínica especializada em membros artificiais em Novosibirsk, localizada na própria região da Sibéria.
Depois de uma tomografia computadorizada e muito tempo com modelagem 3D, os médicos conseguiram produzir quatro patinhas de titânio para Ryzhik. "Nós realizamos diversas cirurgias protéticas nos membros inferiores e superiores. Ele com certeza é o primeiro gato no mundo a experimentar esses procedimentos", afirmou o cirurgião Serguei Gorshkov. Não houve nenhuma falha nos implantes e as próteses têm diversas partes esponjosas para que a pele e os ossos do animal possam crescer em volta do titânio.
O caso é bem similar ao do gato Oscar, em 2009. O bichano de Jersey, Grã-Bretanha, teve suas patas arrancadas por uma colheitadeira e recebeu um tratamento pioneiro para ganhar próteses, que, até então, eram usadas apenas por humanos.
Ryzhik está se adaptando bem e, de acordo com os médicos, não tenta arrancar as novas perninhas. Apesar de claramente estar incapacitado, o sortudo consegue se movimentar com certa destreza e a sua agilidade aumenta a cada dia.
A clínica de Gorshkov agora se dedicará a ajudar outros animais como Ryzhik. Estando prestes a patentear uma técnica para próteses em aves, os especialistas estão trabalhando para consertar bicos de diversos papagaios e pretendem fabricar gorros para proteger vacas do frio e da chuva.
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