Com o uso de informações obtidas pela sonda Juno, cientistas revelaram que o campo magnético de Júpiter sofre pequenas e constantes alterações, assim como acontece na Terra. Esse efeito é conhecido como variação secular geomagnética e por aqui os valores são acompanhados há séculos.
Causa e efeito
Por motivos óbvios, até pouco tempo atrás monitorávamos apenas a variação geomagnética do nosso planeta. Essa é uma informação importante, pois serve como base para entender melhor como funcionam as alterações do núcleo terrestre, principais causadoras da variação.
Reprodução/ NASA
O trabalho que identificou a semelhança foi publicado na revista Nature, apresentando a análise das informações obtidas pelas sondas Voyager, Pioneer e Juno, com um período de 45 anos de diferença entre elas. Através do uso de um modelo computacional, os pesquisadores chegaram à conclusão de que provavelmente os ventos intensos, que sopram muito abaixo do topo das nuvens, são o principal motivo das mudanças.
Como já era de se imaginar, “encontrar algo tão minucioso quanto essas mudanças em algo tão imenso como o campo magnético de Júpiter foi um desafio", nas palavras de Kimee Moore, cientista que fez parte do projeto Juno. Ela complementou dizendo que "ter uma linha de base de observações precisas durante quatro décadas nos forneceu dados suficientes para confirmar que o campo magnético de Júpiter realmente muda com o tempo".
As informações obtidas são importantes para que possamos entender melhor o nosso Sistema Solar e, possivelmente, aumentar cada vez mais o conhecimento sobre a Terra. Apesar das diferenças entre os planetas, diversos fenômenos que ocorrem de forma semelhante em outros lugares podem servir como base para o desenvolvimento de novos conhecimentos e tecnologias por aqui.
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