Uma estudante de astronomia da Universidade do Texas descobriu dois novos planetas usando inteligência artificial. Anne Dattilo desenvolveu um algoritmo que faz buscas minuciosas nos dados capturados pelo telescópio Kepler para descobrir sinais que não foram detectados pelos métodos tradicionais de busca por novos corpos celestes. A expectativa é que o modelo criado ajude outros astrônomos a encontrar astros escondidos nos dados gerados pelo dispositivo.
Não é novidade a utilização de computadores para ajudar na busca por novos planetas, mas os dados com os quais Dattilo e seus colegas estavam lidando precisavam de uma abordagem específica. Isso acontece porque as informações capturadas durante a missão prolongada do Kepler eram diferentes das produzidas anteriormente, sendo portadoras de alguma instabilidade.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
(Reprodução/Anne Dattilo)
A inteligência artificial desenvolvida por Dattilo leva em conta o movimento causado pela instabilidade e o anula; com isso, o computador consegue identificar as diminuições no brilho, que estão associadas com o fato de um planeta passar na frente de uma estrela distante. Quando o algoritmo foi aplicado aos dados do Kepler, encontrou dois
De acordo com a pesquisadora, os planetas encontrados são semelhantes a outros identificados nos dados do telescópio. “Eles estão bem próximos da estrela principal, têm pequenos períodos orbitais, são quentes e ligeiramente maiores que a Terra”, explicou. Um dos planetas se chama K2-293b e está a 1,3 mil anos-luz de distância da Terra; o segundo, K2-294b, está a 1.230 anos-luz. Ambos estão na constelação de Aquarius.
O artigo no qual as descobertas estão detalhadas foi publicado na revista The Astronomical Journal.
Fontes
Categorias