A Google desenvolveu um robô que usa física e deep learning para arremessar objetos em seus respectivos recipientes. Por meio da cinemática, o robô tem a capacidade de manter movimentos contínuos, para se certificar que os objetos não escaparão de suas garras.
O “tossingbot” (robô arremessador, em português), como é chamado, foi criado pela Google em conjunto com as universidades de Princeton, Columbia e o MIT. O nome se dá pelo fato de que, ele não apenas põe objetos nos recipientes corretos (função que outros robôs já conseguem desempenhar), mas arremessa-os para fora de seu alcance natural. Ele foi treinado através de uma rede neural ponto-a-ponto que analisa imagens RGB-D para controlar parâmetros de movimentos simples.
Fonte: Google
Como possui câmeras suspensas rastreando os movimentos e trajetos dos objetos, o treinamento é ininterrupto, e a habilidade do robô melhora à medida que é utilizado, sendo que ele foi projetado para tolerar a dinâmica de um mundo não estruturado. Ele utiliza a balística para calcular a velocidade adequada para arremessar e acertar os objetos, enquanto a rede neural prevê ajustes necessários se baseando nas imagens captadas pelas câmeras.
A Google afirmou que, no momento, o tossingbot acerta 85 por cento dos arremessos. O tossingbot venceu uma competição com tarefa de armazenamento no Amazon Robotics Challenge.
É comum, na robótica, as aplicações nascerem bem simples. Embora pareça que a função do robô seja primitiva demais ou até sem finalidade, a ideia é que ele continue em evolução e, um dia, consiga arremessar objetos a distâncias muito maiores do que faz hoje, e até mesmo jogar e receber objetos ao mesmo tempo, fazendo essa troca com outro robô do mesmo modelo. Robôs com essas habilidades seriam muito úteis em situações de carga e descarga de mercadorias ou na organização de um estoque.
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