A OpenAI, um laboratório de inteligência artificial sem fins lucrativos da Califórnia (EUA), fez uma demonstração de sua nova tecnologia de IA para um bot de linguagem. Chamada GPT-2, está surpreendendo os testadores devido a sua capacidade de parecer natural.
A IA foi treinada com um banco de dados com 40 GB de informações retiradas de publicações do Reddit – foram 8 milhões de links relacionados a todo tipo de conteúdo. Quando o bot recebe um texto inicial, como uma pergunta sobre determinado assunto, um parágrafo de abertura de um conto ou uma manchete de notícia, gera um texto de resposta. Como as características são extremamente convincentes, quando a IA consegue completar seu “raciocínio” sem falhas é quase impossível distinguir entre uma máquina e um humano.
Fonte: Indicca
É claro que a tecnologia ainda não é perfeita e em alguns casos comete equívocos, como repetir frases ou deixar parte do texto sem sentido. Mas, à medida que o assunto do texto de entrada é inserido mais vezes, o bot começa a produzir respostas mais inteligentes e mais coerentes.
De qualquer maneira, esse tipo de IA – em que o bot de linguagem é treinado com base em vários conjuntos de dados específicos – pode criar uma revolução e ser empregada em inúmeras áreas, como personagens de jogos e chatbots em plataformas de redes sociais.
E agora?
A notícia ruim é que, em mãos erradas, a GPT-2 pode ser utilizada para o mal. Grupos de fake news seriam capazes de fazer os bots se passarem por pessoas e começarem a espalhar informações falsas ou mensagens de ódio, além de atrapalhar conversas legítimas (trolls) e aplicar golpes online. Justamente por esse motivo, a companhia não compartilhou todo o conjunto de dados usado para o treinamento; embora isso não impeça que programadores mal-intencionados tentem copiar a tecnologia.
A OpenAI ainda não tem total domínio do funcionamento da GPT-2, o que inclui sua real capacidade e suas limitações. Sendo assim, a tecnologia ainda se encontra em fase de testes, com o banco de dados em contínuo crescimento.
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