Se você se interessa pelos avanços da ciência, vai adorar saber que a China está prestes a escrever mais um capítulo na história da exploração do espaço. Na manhã do último sábado (8) no horário chinês, a agência espacial do país liberou uma missão de aterrissagem lunar no ponto mais distante do satélite — que, inclusive, é aquele que não pode ser visto da Terra.
De acordo com um comunicado publicado pelo Corporação da Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC), o objetivo da missão é fazer com que a espaçonave chegue ao local em algum momento de janeiro do ano que vem. Trata-se de um feito inédito, já que nenhum país ou agência espacial — o que inclui a NASA e a Rússia — chegou ao lado escuro da Lua.
A missão lunar chinesa foi batizada de "Chang'e-4". O nome faz referência a uma deusa da mitologia lunar, enquanto o número 4 indica que essa é a quarta missão robótica da China no programa de exploração espacial que já tem 1 década de duração. A ideia é que a Chang'e-4 faça o primeiro pouso lunar de forma suave, seguido de uma cuidadosa inspeção.
Para Tamela Maciel, astrofísica e gerente de comunicação no Centro Nacional do Espaço na Inglaterra, essa missão é bastante ambiciosa; afinal, a ideia é que a Chang'e-4 explore a bacia mais antiga e profunda em nosso satélite — ou seja, a bacia do Polo Sul-Aitken, que não pode ser vista da Terra. Assim, é esperado que o veículo enviado na missão obtenha novos dados das rochas e do solo lunar para enviar para estudos em nosso planeta — além de, claro, já preparar o terreno para uma possível missão envolvendo pessoas.
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