A Nasa anunciou nesta segunda-feira, dia 3, a chegada da sonda espacial OSIRIS-Rex à órbita do asteroide Bennu, depois de uma longa viagem que se estendeu por 2 anos. A expectativa é que amostras de materiais colhidas do asteroide possam trazer novas informações e descobertas sobre toda a origem do sistema solar.
Isso porque Bennu é considerado pelos cientistas como um asteroido carbonífero, ou seja, que contém compostos ricos em carboso em sua composição. Acredita-se que esse tipo de asteroide se encontra “intocado” desde o início do sistema solar, 4,5 bilhões de anos atrás e, assim, pode conter substâncias similares às que ajudaram a criar vida na Terra.
“Bennu está coberto de material carbônico e princípios orgânicos, as bases construtoras da vida”, explicou uma das cientistas do projeto, Amy Simon, durante a transmissão da chegada da nave. A sonda OSIRIS-Rex está agora a cerca de 20 quilômetros de distância do asteroide. e a próxima fase da missão é justamente mapear a superfície da rocha para encontrar o melhor ponto para colher os materiais.
A expectativa é que as amostras sejam colhidas somente em 2020 e cheguem à Terra, por meio de uma cápsula ejetada pela espaçonave, depois de 2023 – serão coletados até 2 quilos de poeira e rochas. Essa é a primeira missão da Nasa que trará de volta para a Terra substâncias recolhidas em um asteroide.
O Bennu possui 492 metros de diâmetro (um pouco maior do que a altura do edifício Empire State) e também foi escolhido pela Nasa porque há uma pequena chance de colidir com a Terra nos anos 2100. A intenção é que a sonda recolha informações que mostrem como a órbita de asteroides pode variar no decorrer do tempo.
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