Feito de várias camadas de plásticos como náilon e Neoprene, o traje espacial utilizado pelo astronauta Neil Armstrong na primeira vez em que um homem foi à Lua está se desintegrando aos poucos. A informação é de uma reportagem publicada no jornal New York Times, que mostra a dificuldade em preservar objetos históricos e até mesmo obras de arte feitas com esses materiais.
De acordo com os especialistas ouvidos, a camada de Neoprene do traje é a principal responsável pelo problema. Esse elemento endurece com o tempo, o que pode fazer com que a roupa enrijeça e quebre. Para reduzir esse risco e tentar frear o envelhecimento, ela foi retirada de exposição em 2006 e colocada em melhores condições de armazenamento.
Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin Aldrin Jr, membros da Apollo 11, primeira missão espacial tripulada a pousar na Lua.
Embora vários itens históricos feitos de materiais como papel, pedra e cerâmica sejam preservados por milhares de anos, o primeiro plástico criado a partir de componentes sintéticos tem pouco mais de um século e trouxe com ele desafios de preservação completamente diferentes dos anteriores.
Como explica Malcolm Collum, chefe de conservação no Museu Nacional do Ar e Espaço, localizado na cidade americana de Washington, onde o uniforme de Armstrong está guardado, os plásticos são muito diferentes entre si e tem uma variedade grande de formas de deterioração. Para saber como preservar, é preciso antes analisar cada objeto e tentar descobrir exatamente o tipo de material utilizado.
Atualmente, Collum e sua equipe estão construindo uma caixa transparente especial para guardar o traje de Armstrong. Dentro dela, o ambiente precisa permanecer constantemente na temperatura de 17 °C com 30% de umidade, além de conter filtros que evitem possíveis contaminações. A ideia é que o traje esteja disponível para exposição em julho do próximo ano, quando será comemorado o aniversário de 50 anos da primeira viagem à Lua.
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