Qual seria o nível de disrupção socioeconômica de softwares que escrevem textos profissionais sozinhos ou de bactérias programáveis? Em quanto tempo vamos usar robôs em forma de enxames ou minerar asteroides? Essas e outras questões que envolvem ciência, tecnologia, biologia, comportamento e vários outros tópicos foram todos resumidos em uma incrível “Tabela de Tecnologias Disruptivas” — algo como uma “Tabela Periódica hi-tech”.
Isso é obra de acadêmicos do Imperial Tech Foresight (ITF), um braço do Imperial College London, famosa instituição com estudos em Ciência, Engenharia, Medicina e Humanidades. A ideia por lá é virar as convenções de ponta-cabeça e dar vida a projetos de uma maneira, digamos, diferente. Foram eles os autores do que estamos falando.
A inspiração foi, claro, a tabela periódica de elementos químicos, só que a novidade conta com 100 inovações, desde as coisas benignas e cotidianas até as alucinantes e potencialmente aterrorizantes. Como exemplo, as criptomoedas são identificadas como “Cr”, e os robôs criados para guerra são representados por “Br”. Cada elemento é codificado por cores e encaixado em dois eixos: o Y, vertical, mede o potencial de disrupção, e o X, horizontal, determina quanto tempo pode levar para se tornar realidade.
Veja:
Se você prestar atenção, vai notar que os elementos em verde no cantinho esquerdo, na parte inferior, estão acontecendo agora. Já os em amarelo estão previstos para breve, os em vermelhos são esperados para 20 anos ou mais, e os em cinza ainda estão mais para assuntos de ficção científica atualmente — algo na categoria “altamente improvável, mas não impossível”.
Os números se referem aos exemplos de aplicações práticas na vida real, e isso é descrito com mais detalhes na tabela completa. Já os temas, dispostos em duas letras dentro de cada caixa, são separados por “Dados de Ecossistema” (DE), “Planeta Inteligente” (SP), “Automação Extrema” (EA), “Expansão Humana” (HA) e “Interações entre Homem e Máquina” (MI).
A “Tabela de Tecnologias Disruptivas” foi criada por Richard Watson e Anna Cupani, após um grande estudo sobre tudo o que há na Wikipedia e conversas com diversos especialistas de cada área. Outra colaboradora, Maria Jeansson, afirma ao Business Insider que ela foi elaborada para funcionar como ignição visual para conversas sobre esses assuntos.
"Algumas organizações corporativas utilizaram em workshops, destacando coisas que deveríamos pensar. Muitas pessoas veem isso e nos dizem: 'Nós não imaginamos que isso iria nos impactar tanto'."
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