O WhatsApp anunciou hoje (04) por meio de seu site oficial que está abrindo um programa para financiamento de pesquisas acadêmicas sobre fake news e desinformação no geral. A ideia da plataforma é entender melhor como funciona a disseminação de notícias falsas e de outros conteúdos enganosos no mensageiro, o que talvez possa levar a algum tipo de ação do WhatsApp para tentar coibir práticas como essa. Esse programa está sendo encarado como uma resposta do app aos recentes linchamentos ocorridos na Índia por conta de notícias falsas divulgadas via WhatsApp.
De acordo com a postagem oficial no site do mensageiro, o programa vai aceitar inscrições de projetos de pesquisa até 12 de agosto, e os resultados dos selecionados serão divulgados até 14 de setembro deste ano.
O mensageiro dará prêmios de até US$ 50 mil para o desenvolvimento de cada projeto selecionado, dinheiro que poderá ser utilizado pela instituição de ensino ou organização anfitriã da pesquisa de forma irrestrita. O objetivo, contudo, é de que o dinheiro seja utilizado para financiar a pesquisa do ou dos acadêmicos envolvidos no projeto.
Linhas de pesquisa aceitas
Foram divulgadas ainda as “áreas fundamentais de atuação”, nas quais todas as propostas de pesquisa terão que se encaixar: 1) Processamento de informações de conteúdo problemático; 2) Informações relativas a eleições; 3) Efeitos de rede e viralidade; 4) Alfabetização digital e desinformação; e 5) Detecção de comportamento problemático em sistemas criptografados.
Projetos que focam em regiões onde o WhatsApp é um meio de comunicação proeminente, como Índia, Brasil, Indonésia e México, terão preferência
Também já foi detalhado a hierarquia de preferências para seleção dos trabalhos. Por exemplo, projetos liderados por pesquisadores com doutorado e também aqueles que focam em regiões onde o WhatsApp é um meio de comunicação proeminente, como Índia, Brasil, Indonésia e México, terão preferência.
O WhatsApp não divulgou o número máximo de pesquisas que serão financiadas nesse programa, mas explicou que um representante de cada projeto vai viajar com tudo pago para Menlo Park, nos EUA, a fim de participar de algumas oficinas sobre o funcionamento do WhatsApp,a quais devem esclarecer detalhes sobre o mensageiro.
Todos os direitos autorais das pesquisas ficarão com os autores, e eles não precisarão compartilhar dados com o mensageiro ao fim do trabalho, apenas suas conclusões e detalhes da metodologia. Os pesquisadores também não terão acesso a nenhum tipo de dado de usuários do WhatsApp.
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