A Hewllet Packard Enterprise anunciou nesta semana o lançamento do maior supercomputador a utilizar a arquitetura de hardware ARM, a mesma utilizada em smartphones. A grande diferença que máquinas robustas como a Astra são desenvolvidas a partir de chips x86 ou x64 e, aqui, o foco da companhia é o uso com centro na memória.
Máquina por enquanto vai ficar sob observação, em pesquisas nucleares do National Nuclear Security Administration dos Estados Unidos
Explica-se: a HPE segue uma tendência diferente das concorrentes, a do Memory-Driven Computing, a computação direcionada pelo uso da memória. Com o uso crescente de Big Data para cidades inteligentes, desenvolvimento de curas para doenças, pesquisas nucleares, internet das coisas e até mesmo a ida do homem para Marte, a empresa acredita ser necessária uma nova abordagem na relação que os processadores têm com a memória.
Assim, o Astra muda o desenho do funcionamento, com os processadores podendo acessar uma grande biblioteca compartilhada, ao invés de ter cada chipset com seus próprios arquivos. Assim, ao invés de acessar pequenas quantidades de memória e ter que pedir acesso quando precisar de mais, o supercomputador terá vários núcleos trabalhando ao redor de uma base que pode atender a todos simultaneamente.
O Astra tem 145 mil núcleos de processamento e 2592 servidores, cada um com dois processadores Cavium ThunderX2 de 28 núcleos e oito canais de memória. Além de consumir menos energia, ele comporta mais componentes que uma estrutura em x86 e chega até 33% de maior velocidade de acesso à biblioteca, com performance de 2,3 petaflops.
Antes de ser utilizado em outras frentes, ele será testado em simulações atômicas nas pesquisas nucleares do National Nuclear Security Administration, nos Estados Unidos.
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