O grafeno tem sido considerado o próximo passo na evolução tecnológica, com algumas pessoas dizendo que será mais revolucionário que o plástico ou o silício. Suas aplicações começam a aparecer e prometem transformar a maneira como vivemos.
Engana-se quem pensa que ele serve somente como um material super-resistente, pois, de acordo com um estudo publicado recentemente, cientistas descobriram como controlar o batimento de células do coração humano, dispostas em um reservatório, utilizando apenas luz e a forma cristalina do carbono.
Grafeno e eletricidade
Atualmente, quando um novo medicamento para o coração precisa ser testado, cientistas utilizam células cardíacas dispostas em recipientes de vidro ou plástico. Esses materiais não conduzem eletricidade, fazendo com que os resultados não sejam tão realistas.
O grafeno consegue transformar luz em corrente elétrica, e, através desse efeito, os pesquisadores agora conseguem estimular as células conforme necessário. Com isso, é possível reproduzir o comportamento de determinado problema do órgão, testando em seguida diretamente na amostra.
Grafeno em laboratório
Um dos autores do estudo, Alex Savtchenko, diz que existem inúmeras possibilidades para o uso de material na medicina. Equipamentos que substituam o marcapasso convencional podem ser desenvolvidos para que trabalhem de modo mais eficiente. Ele cogita até mesmo uma forma de controlar a atividade elétrica no cérebro, tratando doenças neurodegenerativas, como Parkinson.
Ouro para um tratamento direcionado
Já a utilização do ouro, material amplamente conhecido, está sendo testada para uma melhor administração de medicamentos. Já se sabe que ele é inofensivo para nossa anatomia e quimicamente estável. O problema é que o material é tratado como um corpo estranho por nosso organismo, que inicia os procedimentos para eliminação do invasor quando ele entra.
Agora, uma nova pesquisa, desenvolvida pelo especialista em nanotecnologia Enrico Ferrari, tenta envolver as partículas de metal em um tipo específico de proteína, que não é tratada como uma ameaça pelo sistema imunológico.
Com isso elas teriam tempo suficiente para percorrer o caminho necessário e chegar a um ponto específico, onde a substância deve ser administrada. Esses são estudos recentes, mas que, assim que evoluídos e viáveis comercialmente, podem salvar a vida de muitas pessoas.
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