A inteligência artificial IDx-DR obteve liberação junto à Food and Drug Administration (FDA), o órgão responsável pela regulamentação do mercado de alimentos e saúde nos Estados Unidos. É a primeira vez que uma tecnologia que dispensa a análise de qualquer especialista para interpretar os resultados de um diagnóstico é a aprovada no país norte-americano.
O IDx-DR é capaz de diagnosticar doenças analisando apenas uma foto da retina de um paciente — a imagem, porém, precisa ser capturada com uma câmera retinal especial. Com essa informação, o algoritmo do programa avalia a imagem primeiro para determinar se ela tem qualidade o suficiente e, depois, para identificar se o paciente tem retinopatia diabética, doença que atinge cerca de 200 mil pessoas por ano nos EUA (no Brasil, esse número gira em torno de 150 mil casos anuais) e pode causar a perda da visão.
Precisão
Durante os testes, o IDx-DR avaliou 900 fotografias e identificou com precisão de 87% os pacientes doentes e 90% aqueles que não possuem a doença. Antes disso, o algoritmo foi abastecido com nada menos do que 1 milhão de imagens para aprender a identificar quando uma pessoa tem ou não retinopatia diabética.
A novidade é parte de uma tendência cada vez maior do uso de inteligências artificiais na avaliação de doenças. O The Verge lembra, por exemplo, que a Google DeepMind, a inteligência artificial da gigante da web, também foi treinada para identificar doenças oculares.
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