MIT corta laço com startup que busca fatiar cérebros vivos para uploading

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O MIT Media Lab, conceituado laboratório do departamento de pesquisa do MIT (Estados Unidos), encerrou a parceria com a startup Nectome. Polêmica, a Nectome pretende desenvolver a "imortalidade digital".

De acordo com a startup, a pesquisa para transferir a consciência humana para um computador envolve matar as cobaias: é necessário realizar um escaneamento de fatias finas do cérebro em funcionamento. A Nectome enxerga o ato como uma forma de eutanásia para uploading.

A Nectome comentou que os participantes da pesquisa terão um acompanhamento similar ao suicídio assistido

A startup já levantou mais de US$ 200 mil de pessoas que se interessaram no procedimento e que buscam uma maneira de armazenar seus próprios cérebros. A Nectome comentou que os participantes da pesquisa terão um acompanhamento similar ao suicídio assistido por uma equipe de médicos — de acordo com a startup, sua tecnologia é "100% fatal".

Na parceria com o MIT, o laboratório ganhava cerca de US$ 300 mil do governo federal para desenvolver métodos de preservação e análise cerebral. Porém, a parceria foi encerrada nessa semana com a seguinte declaração do MIT:

Apesar do término da relação entre MIT e Nectome, a startup continua com o próprio trabalho de desenvolvimento

"A neurociência não avançou suficientemente ao ponto de sabermos se algum método de preservação do cérebro é suficientemente poderoso para preservar todos os diferentes tipos de biomoléculas relacionadas à memória e à mente. Também não se sabe se é possível recriar a consciência de uma pessoa", disse em comunicado.

Ainda, adicionou que o contrato foi encerrado ao "considerar as premissas científicas subjacentes aos planos comerciais da empresa, bem como certas declarações públicas que a empresa fez."

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