O Brasil tem interesse em explorar comercialmente missões espaciais com a ajuda da SpaceX e da Boeing, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. A boa localização geográfica e a projeção de lucros de até US$ 1,5 bilhão (R$ 4,85 bilhões) ao ano para os cofres federais podem impulsionar a implantação da base para o lançamento de foguetes até 2021.
Em dezembro, o ministro de Defesa brasileiro, Raul Jungmann, esteve nos Estados Unidos para firmar um acordo com os norte-americanos. O maior empecilho é a aprovação e entrada em vigor de um acordo de proteção aos produtos desenvolvidos pelos gringos, que, obviamente, querem manter seus direitos sobre tecnologias de ponta. Atualmente, cerca de 80% de todos os propulsores e satélites fabricados no mundo trabalham com elementos construídos pelos ianques.
Tecnologia da SpaceX está na mira do governo brasileiro
“Existe espaço para reduzirmos as diferenças e desacordos na proposta. É muito importante para os dois lados, Alcântara é considerada a melhor base de lançamento do mundo em termos geográficos”, destacou Jungmann, de acordo com informações do UOL. Alcântara fica próxima à linha do Equador e oferece uma rota mais curta para colocar objetos em órbita. A economia de combustível pode chegar a até 30% em relação aos pontos existentes nos Estados Unidos.
Reformulação da agência espacial
Em abril, Jungmann fez uma projeção de receita para o país. “Dado o mercado hoje e o valor de um lançamento, que pode girar de US$ 30 milhões a US$ 120 milhões (algo entre R$ 87 milhões e R$ 390 milhões), nós temos a condição aqui de gerar recursos da ordem de US$ 1,2 bilhão a US$ 1,5 bilhão (de R$ 3,9 bilhões a R$ 4,85 bilhões) ao ano para o Brasil.” E as parcerias podem ser estendidas a outros países, como Rússia, França e Israel. Mas, antes disso será necessário rever toda a Agência Espacial Brasileira (AEB).
O Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro (CDPEB), criado no começo do mês, tem até 360 dias para fixar diretrizes e metas para a potencialização do Programa Espacial Brasileiro, além de supervisionar a execução das medidas. Em novembro, a Aeronáutica recebeu executivos da Vector Space System, Microcos, Boeing e da Lockheed Martin. A SpaceX não enviou representantes devido a imprevistos com o foguete Falcon Heavy, lançado com sucesso no dia 6 de fevereiro.
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