LEGO são blocos plásticos altamente precisos e consistentes, cujo conceito se baseia em partes que se encaixam permitindo muitas combinações. Em qualquer lugar que você vá no mundo, as peças são as mesmas. E dado esse alto nível de precisão e consistência, os cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) escolheram os blocos de LEGO como base para seu novo projeto microfluídico modular.
"Você poderia então construir um sistema microfluídico semelhante à forma como construiria um castelo de LEGO, bloco por bloco", disse Crystal Owens, autor do projeto e estudante de pós-graduação do Departamento de Engenharia Mecânica do MIT. "Esperamos que, no futuro, outros possam usar blocos de LEGO para fazer um kit de ferramentas microfluídicas".
O projeto requer uma pequena modificação nos blocos: são introduzidos canais microfluídicos através deles com a técnica de microfresagem; sendo assim, cada bloco terá um padrão específico de canais para realizar uma tarefa específica. Pense nisso como imprimir um brinquedo em uma impressora 3D.
"Ao longo dos anos, tive uma visão periférica do campo da microfluídica e do fato de que a prototipagem de dispositivos microfluídicos é, por muitas vezes, um processo difícil, demorado e de muitos recursos", explicou Anastasios John Hart, professor associado do MIT.
Por enquanto, o projeto baseado em LEGO seria usado para manipular fluidos biológicos e realizar tarefas como triagem de células, filtragem de fluidos e encapsulamento de moléculas em gotículas individuais.