A disputa entre China e Estados Unidos pelo mercado da tecnologia já é acirrada em vários mercados e setores — e o país asiático acaba de promover uma virada histórica contra o concorrente do outro lado do mundo.
A partir de 2017, a China torna-se o país que mais tem supercomputadores na lista dos 500 aparelhos mais rápidos da área. O país traz 202 sistemas, contra "apenas" 143 dos Estados Unidos. Em quantidade, as demais nações são Japão (35 máquinas), Alemanha (com 20), França (18) e Reino Unido (15).
O ranking da Top 500 com os primeiros colocados.
Em termos individuais, a China também saiu vitoriosa. O Sunway TaihuLight, que já era campeão em 2016, manteve a liderança com incríveis 96 petaflops. Ele está instalado no National Supercomputing Center, na cidade de Wuxi. A medalha de prata também é do país, mas com um modelo que atinge menos da metade da velocidade de operações — o Tian-he-2, campeão em 2015. O melhor colocado dos EUA é o Titan, em quinto, com 17,6 petaflops.
O que isso importa?
O ranking da Top 500 é tradicional e todo ano premia aquele capaz de trabalhar de forma mais veloz. E a virada é ainda mais incrível quando comparada com a situação de seis meses atrás: os EUA tinham 169 supercomputadores na lista, contra 160 da China.
A reviravolta significa que a China continua investindo pesado em supercomputadores, capazes de trabalhar de forma eficiente em áreas científicas diversas, desde astronomia até militar, passando por previsão do tempo. Além disso, a hegemonia do Sunway TaihuLight significa o poder da tecnologia local: a máquina é 100% feita com peças chinesas, indicando que a independência de tecnologia norte-americana está cada vez mais forte.
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