A Rússia vem vendo o seu domínio no mercado espacial ser reduzido nos últimos anos graças especialmente a SpaceX e o seu foguete reutilizável Falcon 9, capaz de baratear os custos de uma operação espacial. Apesar de ter feito mais lançamentos orbitais do que a rival neste ano (17 contra 16), a previsão é que a empresa estatal russa Energia seja ultrapassada pela companhia de Elon Musk já no ano que vem.
Tentando evitar que a disparidade de tecnologia entre as duas empresas aumente e seja refletida na perda ainda maior de uma fatia do setor, a Rússia está desenvolvendo o foguete de médio porte Soyuz-5. A ideia é que seja a grande aposta russa para tanto para conquistar lançamentos comerciais quanto aqueles realizados pelo governo russo e pela Estação Espacial Internacional (EEI).
O projeto foi desenvolvido rapidamente pelos pesquisadores russos e é encarado por Moscou como “especialmente urgente”, garante o repórter do site Russian Space Web Anatoly Zak. Para ele, “o Kremlin vê a nova geração do veículo como a resposta russa ao desafio americano no mercado de lançamentos comerciais.”
Nova versão do Soyuz (foto), o foguete russo, está a caminho.
Mas nem tudo são flores nos planos da Rússia. O grande entrave aqui é o momento: a intenção do país do leste europeu é finalizar que o Soyuz-5 faça os seus primeiros lançamentos apenas em 2021. Entretanto, é difícil imaginar que a SpaceX também não dê um salto tecnológico significativo nesses pouco mais de três anos até lá.
Vale lembrar que o Falcon 9 é um veículo avançado e reutilizável que, mesmo sem estar em sua versão final, se sai melhor do que praticamente todos os seus concorrentes. Prestes a ter a sua quinta e última versão lançada, o foguete será capaz de levar nada menos do que 23 toneladas para a órbita baixa da Terra, o que provavelmente exigirá mais dos russos se eles quiserem continuar tendo relevância neste mercado.
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