As agências espaciais dos EUA e da Alemanha vêm trabalhando juntas há 15 anos na missão GRACE (Gravity Recovery and Climate Experiment) para medir com precisão o campo gravitacional da Terra e obter outros dados climáticos acerca do nosso planeta. Contudo, essa missão composta por dois satélites está para chegar ao fim.
De acordo com os responsáveis pelo projeto, as baterias do satélite GRACE-2 estão exauridas e apresentando defeitos continuamente. O satélite ainda está ativo, mas sem energia suficiente para operar seus equipamentos científicos. Por isso, ele fará uma reentrada na atmosfera terrestre entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018. O GRACE-1 ficará em órbita mais alguns meses para coletar dados de calibração e também será conduzido de volta à Terra no início de 2018.
É interessante notar que a expectativa de vida da missão era de apenas cinco anos, mas ambos os satélites permaneceram em órbita por mais de 15 anos sem apresentar falhas significativas. Só quando o GRACE-2 começou a ter problemas nas baterias é que a situação ficou complicada. Nesse período, pesquisadores puderam monitorar a quantidade de água presente em aquíferos, bem como a quantidade de gelo nos polos e regiões de altitude no planeta, entre outras avaliações climáticas.
A influência resultante do aumento do nível do mar só pôde ser prevista graças às medições da missão GRACE
“Além disso, a influência resultante do aumento do nível do mar só pôde ser prevista graças às medições da missão GRACE, o que contribui para um melhor entendimento do planeta Terra”, disse em comunicado oficial o Prof. Dr. Reinhard Hüttl, um dos responsáveis pelo projeto na Alemanha.
Em 2018, as agências espaciais dos países parceiros pretendem colocar em órbita dois novos satélites para substituir a dupla que está sendo aposentada. A nova missão se chamará “Grace Follow-On” e deve ser lançada no início de 2018 com os foguetes Falcon 9 da SpaceX.
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