Enquanto dispositivos de realidade virtual estão ficando cada vez mais populares entre as pessoas, seja para o divertimento, com jogos de todas as naturezas, seja para educação e outras aplicações práticas, pesquisadores no mundo todo tentam solucionar uma questão que limita em alguns aspectos o uso de dispositivos VR: a necessidade de fios para conectar os headsets a aparelhos mais potentes, como PCs.
A boa notícia é que cientistas da Columbia Engineering conseguiram aplicar uma tecnologia já existente, de circuladores de frequência de onda milimétrica, para funcionar em carros autônomos e dispositivos de realidade virtual, de modo que podem funcionar com poder de processamento alto sem a necessidade de usar fios para a transmissão dos dados.
Microfotografia de um circulador SOI CMOS de 45 nm
Dois trens no mesmo trilho
São como dois trens que seguem em um mesmo trilho um contra o outro
Essa tecnologia utilizada é a mesma que vem sendo testada em células de internet móvel 5G. Trata-se de “transistores de alta velocidade cuidadosamente sincronizados que roteiam ondas de forma diferente nos dois sentidos”. Um pouco complicado? Os pesquisadores facilitam para a gente: são como dois trens que seguem em um mesmo trilho um contra o outro, mas que podem mudar de linha milimetricamente para não colidirem.
O vídeo a seguir (em inglês) ilustra um pouco melhor o método de comunicação desenvolvido pela Columbia Engineering:
A ideia é que esses “circuladores” possam ser incorporados em processadores convencionais e permitam a comunicação sem fio bidirecional entre o chip e dispositivos. Esse sistema que funciona em duas mãos causa menos congestionamento e maior capacidade de largura de banda.
É exatamente isso que pode permitir que usemos óculos de realidade virtual ligados a computadores por meio de ondas milimétricas, evitando os inconvenientes fios que podem limitar a movimentação dos usuários.
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