Maçãs geneticamente modificadas que não oxidam estão chegando às lojas

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Imagem: MIT Technology Review

Os mercados norte-americanos estão para receber um novo tipo de maçã geneticamente alterada. O que há de diferente nela? Bem, essas frutas, diferentes de suas contrapartes comuns, não ficam “marrons” com o passar do tempo, então você pode cortá-las e deixá-las expostas por algumas horas sem se preocupar com elas ficarem menos visualmente apetitosas. Pois é, nada de frutas mais resistentes ou fáceis de plantar, como é o costume.

A novidade (assim chamada de “maçã ártica”) foi desenvolvida pela empresa Okanagan Specialty Fruits, braço da companhia de biotecnologia Intrexon – cujo catálogo de produtos também inclui salmões geneticamente modificados, gado clonado e até mosquitos que se autodestroem.

Pacote de maçãs árticas

Como eles alcançaram isso? A resposta, segundo o MIT Technology Review, está em uma técnica chamada silenciamento de genes, que permitiu a eles alterar o DNA das maçãs para produzir menos Polifenoloxidase, uma enzima que faz com que o interior da fruta oxide e se torne marrom. Assim, as fatias vendidas por eles em pacotes podem ficar livres desses efeitos por até três semanas.

Ajuda bem-vinda ou alteração desnecessária?

Obviamente, muitos questionam se uma alteração como essas é segura – ou mesmo necessária –, visto que muitas vezes maçãs já são armazenadas em misturas que impedem que essas frutas oxidem. Grupos contra produtos geneticamente alterados pressionaram companhias de alimentícios a não venderem as tais maçãs árticas, por exemplo. Lembrando, é claro, que nos EUA esse tipo de alimento é sujeito a uma série de regras de rotulação.

Em defesa a isso, Neal Carter, o fundador da Okanagan e criador da tecnologia usada nas maçãs árticas, afirma que essas frutas podem reduzir o desperdício desse alimentos, já que 45% das frutas e vegetais cultivados são jogados fora durante o processo de seleção. E isso seja no envio, nas lojas ou mesmo pelos próprios clientes.

Resta agora ver se esse produto, que ainda é limitado a uma produção ínfima do mercado de maçãs em todos os EUA, vai fazer sucesso ou não.

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