Os criadores do aplicativo chamado Natural Cycles – que serve para manter controle do ciclo menstrual das mulheres – afirmam que sua eficácia para impedir a gravidez é maior do que a das tradicionais pílulas anticoncepcionais.
Essa informação surgiu a partir de um estudo feito sobre o uso do aplicativo para prevenir a concepção. Um total 22.785 mulheres testou o sistema, que monitorou 224.563 ciclos menstruais e o resultado foi surpreendente: caso utilizado impecavelmente conforme as instruções, o programa tem uma taxa de contracepção de 99%, enquanto pílulas anticoncepcionais têm apenas 91%.
Controle de temperatura
Tendo o controle dessas informações, o aplicativo consegue informar para a mulher quando não há risco de engravidar
O aplicativo foi criado por Elina Berglund, ex-física de particular do CERN – a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear – e codescobridora do bóson de Higgs e seu marido Raoul Scherwitzl. Para funcionar, ele usa informações de um termômetro especial para calcular o momento que é seguro fazer sexo sem proteção e sem risco de engravidar.
Isso é possível devido ao aumento dos níveis de progesterona após a ovulação, o que torna os corpos das mulheres até 0,45 graus Celsius mais quentes que durante o resto do ciclo. Tendo o controle dessas informações, o aplicativo consegue informar para a mulher quando não há risco de engravidar. Ele mantém um calendário organizado de acordo com esses dados e informa à mulher tudo sobre seu ciclo menstrual.
Altos níveis de proteção
O aplicativo foi considerado eficaz até quando não é usado à risca, com sua taxa de contracepção caindo de 99% para 93% – ainda assim mais confiável que a pílula. O Natural Cycles foi o primeiro aplicativo aprovado como forma de contracepção na União Europeia e agora a empresa responsável pelo serviço busca autorização no resto do mundo para ser considerado um método legítimo para evitar a gravidez.
Com esse novo estudo, que atende às exigências dos órgãos reguladores norte-americanos, o Natural Cycles pode ser aprovado como forma de contracepção também nos Estados Unidos, significando um salto enorme na busca por métodos menos invasivos e perigosos para mulheres evitarem a gravidez.
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