O câncer pancreático apresenta alto grau de letalidade porque os seus sintomas só se tornam visíveis quando a doença está em fase avançada. Graças a isso, 91% dos casos diagnosticados anualmente no mundo resultam na morte da vítima, algo que a Universidade de Washington pretende ajudar a reduzir com um simples aplicativo de celular.
Chamado de BiliScreen, o app utiliza a câmera do smartphone e algoritmos de visão computacional para identificar o nível de bilirrubina presente na parte branca do olho. Essa substância fica mais abundante conforme o câncer pancreático se desenvolve, levando a um amarelamento do olho em estágios mais avançados.
O sucesso do aplicativo está justamente na sua capacidade de detectar a presença de bilirrubina mesmo quando em baixas quantidades, o que pode servir de alerta para uma investigação mais aprofundada a fim de confirmar (ou negar definitivamente) a presença do câncer.
O aplicativo pode ser usado a partir do celular de forma convencional, basta que quem for examinado esteja utilizando óculos especiais para isso. Outra forma é acoplar o smartphone em um headset que vai impedir a incidência de iluminação externa, aprimorando ainda mais o exame. A ideia é, em breve, fazer com que o app funcione perfeitamente sem os acessórios.
Acessórios necessários para utilizar o BiliScreen — ao menos por enquanto.
Durante testes clínicos realizados com 70 pacientes, a precisão foi de 90% em relação a um teste de sangue, o mais indicado para identificar a presença de um câncer, nos testes clínicos realizados com 70 pacientes. O app será apresentado oficialmente ao mundo durante a Ubicomp 2017, que acontece em setembro.
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