Cientistas brasileiros estudam criação de partido político

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Conversas informais nos intervalos da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) podem resultar na criação de um novo partido político. Ficou confuso? Calma que a gente explica. A ideia ainda não está formalizada, mas já ganha coro entre alguns cientistas, informou nesta semana o repórter Herton Escobar, do Estadão.

Segundo o jornalista, a intenção de um possível partido de cientistas seria exclusivamente defender no Congresso Nacional pautas relacionadas à educação, ciência, tecnologia e inovação. Com isso, o partido não pleitearia cargos no Poder Executivo, restringindo o seu foco ao Poder Legislativo.

E quem seria o primeiro candidato do partido da ciência? A mais cotada é Helena Nader, bióloga molecular, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente da SBPC há seis anos. Já em seu terceiro mandato, ela conta com apoio da comunidade científica e seria o nome ideal para se candidatar à deputada federal.

Ildeu Moreira, que assumirá a presidência da SBPC a partir da próxima semana, quando termina o terceiro mandato de Nader, deixou claro que essa é uma iniciativa de indivíduos ligados à organização, não uma posição oficial da SBPC.

Políticos cientistas

À reportagem do Estadão, Helena Nader declarou não ter opinião formada sobre a questão. Para o professor titular do Instituto de Física de São Carlos da USP e ex-presidente do CNPq Glaucius Oliva, “há clara necessidade de termos representação de cientistas, professores e pesquisadores no Congresso nacional e outras instâncias legislativas do país.”

Já o diretor científico da Fapesp Carlos Henrique de Brito Cruz defende que o ideal seria ter quadros políticos com formação científica em diversos partidos brasileiros. Para ele, isso facilitaria o diálogo com toda a classe política brasileira nos temas ligados à ciência.

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