As tatuagens tecnológicas já são discutidas e até mesmo desenvolvidas há algum tempo, unindo dois mundos que, até há poucos anos, eram bastante distintos. Um novo projeto capitaneado pela Universidade de Tóquio, no entanto, quer colocar essa ideia em prática através de um material específico e de uma técnica de aplicação que permite que qualquer um tenha um circuito gravado na própria pele – ou uma segunda pele, se você preferir.
Embora sensores implantados cirurgicamente em pacientes ou eletrodos convencionais façam um bom trabalho no monitoramento de sinais vitais do seu usuário, ambas as opções acabam pecando em um item ou outro – seja na falta de praticidade ou no modo invasivo com que elas se conectam ao corpo.
Solução dos japoneses age como uma segunda pele tecnológica para o usuário
Para resolver esses pontos, os cientistas japoneses criaram uma tatuagem de ouro que transforma seu corpo em um gadget vestível capaz de armazenar dados sem qualquer tipo de incômodo. Na hora de fazer a aplicação do produto nos participantes do projeto, os pesquisadores misturam álcool polivinílico aos padrões do circuito de ouro e espirram um pouco de água em cima do kit – lembrando o procedimento de transferência dos antigos adesivos que acompanhavam balas e chicletes.
Diferentemente dos itens que vinham nos doces, no entanto, essa combinação tem o potencial de fazer com que as linhas douradas conduzam melhor a eletricidade – a ponto de elas poderem acender LEDs ou transmitir informações a um computador – e garantem a fixação do conjunto, graças principalmente às propriedades de absorção do corpo humano. A ideia, aqui, é que o álcool se dissipe rapidamente no organismo enquanto as trilhas de ouro continuam marcadas no lugar.
A empreitada é mais flexível e menos intrusiva que outras soluções do tipo
Tudo isso faz com que a empreitada seja bem mais flexível e menos intrusiva do que outras soluções do tipo, mas ainda está longe de ser perfeita. Há uma tendência que o material se desgaste com o tempo, por exemplo, e não funcione bem a longo prazo. Mesmo assim, se considerarmos apenas o uso médico do projeto, é bem provável que a duração limitada seja suficiente para contemplar grande parte das seções de terapia ou tratamentos que exigem acompanhamento por parte do usuário. E aí, você teria uma tatuagem futurista como essas?
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