De acordo com um estudo do antropólogo britânico Robin Dunbar e seu time de pesquisadores da Universidade de Oxford, o tamanho do cérebro dos primatas tem uma estreita relação com o tamanho dos grupos sociais que eles conseguem formar. Ao que parece, o número máximo de melhores amigos ou pessoas muito próximas que você pode ter é cinco.
O estudo não sugere que esses indivíduos são de fato apenas amigos, o que deixa brechas para incluir familiares muito próximos, como mães e pais. No total, o máximo de relações significativas que uma pessoa consegue formar é 150.
Dunbar ainda comenta que existem mais camadas de amigos dentro desse total
Em sua teoria, Dunbar ainda comenta que existem mais camadas de amigos dentro desse total de 150. A primeira seria essa de cinco pessoas, a segunda contaria com mais 10 indivíduos bem próximos, e a terceira com 35. Por fim, as demais 100 pessoas no seu círculo de relações estariam todas em um mesmo grupo.
Dunbar prevê algumas variações nos números dessas camadas e também no total, considerando que pessoas mais extrovertidas podem formar mais relações significativas enquanto introvertidas podem formar menos. De qualquer maneira, a quantidade e a proporcionalidade dos grupos continuam as mesmas.
Chamadas de celular
Essa teoria foi primeiramente lançada por Dunbar nos anos 1990, mas, em 2016, ele fez uma pesquisa em uma imensa base de dados para tentar verificar sua previsão. Foram recolhidos dados de ligações de celular de um país europeu não identificado feitas durante o ano de 2007, quando as redes sociais ainda não eram tão importantes para relação humana e os smartphones ainda não eram tão difundidos.
35 milhões de usuários foram rastreados, e essas pessoas fizeram seis bilhões de chamadas entre elas naquele ano. Foi feita uma filtragem para eliminar aqueles que faziam ligações para poucas pessoas diferentes, considerando que esses poderiam ter outros meios mais importantes de se comunicar com seus indivíduos próximos.
Os resultados não foram tão precisos quanto os que Dunbar tinha previsto em sua teoria, mas ficaram muito próximos
No fim, os resultados não foram tão precisos quanto os que Dunbar tinha previsto em sua teoria, mas ficaram muito próximos. As médias foram as seguintes: 4,1 pessoas para a primeira camada, 11 para a segunda, 29,8 para a terceira e 128,9 para a última. Ou seja, ao que parece, esses círculos de pessoas próximas realmente existem e estão quantificados dessa forma.
É interessante notar, entretanto, que ligações de celular para celular, mesmo em 2007, podem não representar a melhor maneira de rastrear as relações humanas. Por isso, a variação nos grupos e no total pode ficar diferente.
Quantos melhores amigos/familiares você tem? Será que as “Camadas de Dunbar” funcionam para você? Comente no Fórum do TecMundo
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