O Brasil é o quinto maior mercado do mundo em serviços para celular, mas pode logo perder esse posto: cada vez mais, estamos deixando de lado as linhas telefônicas tradicionais. De acordo com dados da Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel), durante maio e outubro de 2015, 10 milhões de linhas de celular foram desativadas no país — uma queda proporcional nunca antes vista por aqui.
Em maio de 2015, 284 milhões de linhas estavam ativas no país. Seis meses depois, o número passou a ser de 273 milhões. As quatro maiores operadoras do país (Vivo, Oi, TIM e Claro) foram as que mais sofreram perdas substanciais.
As operadoras não têm dúvidas: aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, são os principais vilões da história e estão convencendo os clientes de que um chip (e uma conta para pagar) não é mais necessário. Vale lembrar que regulamentar esse tipo de serviço móvel é um dos objetivos das empresas de telecomunicação no Brasil.
Além disso, a preferência por ter dois ou três chips deixou de existir, o que também leva ao cancelamento de várias linhas extras. E tem também a crise: um dos cortes escolhidos pelos brasileiros na renda está no uso do celular. A linha telefônica celular só pode ser desligada definitivamente se o cliente passar 90 dias sem fazer uso de chamadas, mensagens de texto ou acesso à internet.
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