Celulares são indispensáveis no dia a dia dos cidadãos atualmente, mas a diversidade de ofertas de modelos pode tornar a escolha de um aparelho complexa. Daí surge a necessidade de buscar o apoio de ferramentas para ampliar o conhecimento sobre os smartphones ou tablets disponíveis no mercado. Nessa hora, são úteis os aplicativos de benchmark – na maioria, de download gratuito – para orientar a procura do consumidor.
“O benchmark se torna uma ferramenta interessante para o consumidor por ser um comparativo independente de fabricantes que permite avaliar o desempenho total de diferentes modelos de smartphones da mesma categoria de preço”, explica Samir Vani, gerente sênior de Vendas Corporativas da MediaTek na América Latina. Benchmarks são usados por todas as indústrias, como a automotiva, de alimentos e outras. No mundo dos dispositivos móveis, existem dezenas de benchmarks que nos permitem verificar o funcionamento parcial ou total do aparelho.
Para ter acesso à multiplicidade de recursos dos smartphones atuais – da navegação em ambientes multimídia à interatividade das redes sociais e à ampla disponibilidade de jogos com sofisticados recursos gráficos –, é necessário antes de tudo um equipamento de alto desempenho.
Na performance total do sistema, deve-se incluir a revisão do processador, o desempenho da unidade de processamento gráfico 2D e 3D, a velocidade de leitura e escrita na memória e a eficiência do tratamento do banco de dados. Por meio das ferramentas de benchmark, o consumidor pode conhecer as qualificações sobre o desempenho combinando-as com as suas exigências e necessidades de seu uso diário. Várias são as ferramentas que podem fazer avaliações de desempenho – entre elas temos AnTuTu, GFX Bench, Base Mark OS II e Vellamo.
O AnTuTu é o benchmark mais reconhecido pela indústria de dispositivos móveis para Android, que representam mais de 90% dos aparelhos vendidos no Brasil. Sua última versão, a V6, recém-lançada em fase Beta e mais avançada em diversos aspectos, tem como novidade o fato de ser multiplataforma, permitindo avaliar diferentes sistemas operacionais, como iOS, Windows Mobile 10, além do Android. A V6 possibilita inclusive comparar o desempenho de um celular e notebooks Windows ou Mac OS XP.
Variedade e repetição dos testes
Hernan Descalzi, gerente de Vendas e Marketing da MediaTek na América Latina, afirma que os testes com o Antutu permitem dar segurança ao usuário quanto ao desempenho da CPU, seja qual for o número de seus núcleos, memória, capacidade de armazenamento e até da GPU, responsável pelo processamento gráfico. Entretanto, ele sugere que, “para garantir a verificação da eficiência do equipamento e que ele mantenha seu bom rendimento ao longo do tempo, é recomendado realizar o teste do benchmark várias vezes consecutivas”. Assim, o usuário terá uma ideia de como seu aparelho se comportará a cada hora. O que importa, afinal, é ter um telefone eficiente durante todo o dia.
A experiência que o usuário quer ter com o seu aparelho também é um fator que pode exigir a adoção ou a complementação dos testes de benchmark com outras ferramentas. Por exemplo, quem costuma navegar muito na web com o seu aparelho poderá recorrer aos testes de browsing como os oferecidos por Vellamo e BrowserMark. Os benchmarks de browsing medem, entre outros, a base de efeitos gráficos em um browser, a manipulação de pixels ao focar uma imagem e o número de pixels/segundo durante múltiplas sequências de teste. Também quantificam a experiência de “scroll” em uma página da web e medem a reação e quão agradável é o movimento, a velocidade e a experiência do usuário de gráficos 3D via WebGL.
A variedade das ferramentas de benchmark existentes é, na realidade, muito mais ampla. À medida que se avança na cultura de conhecimento dos dispositivos móveis, torna-se mais fácil identificar quais são e onde estão as ferramentas necessárias para avaliar os equipamentos que o usuário deseja e precisa.
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