Já estamos na metade do ano e boa parte dos flagships do mercado de smartphones já foi apresentada aos consumidores. A Samsung já colocou os novos Galaxy S6 no mercado e o LG G4 também já está disponível em todo o mundo. Mais do que isso, alguns aparelhos lançados no final do ano passado ainda estão conseguindo excelentes números nas lojas — como é o caso dos iPhones 6 e 6 Plus.
Entretanto, como você deve saber, os preços desses — e de outros — smartphones não parecem muito animadores. Há alguns modelos que ultrapassam a marca dos R$ 3.000 e fazem com que muitos consumidores digam: “Não dá pra comprar smartphone no Brasil! Aqui é tudo muito caro!”. Mas será que comprar os aparelhos lá fora é tão mais vantajoso?
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Atenção: para fins comparativos, utilizamos apenas os valores dos produtos, não levando em consideração os índices de salário mínimo dos países envolvidos. A questão aqui é apenas uma comparação bruta.
Hoje, nós trouxemos uma pesquisa com os preços de alguns dos principais aparelhos disponíveis no mercado brasileiro. E, para fazer a comparação dos valores, separamos também os preços destes mesmos dispositivos em grandes redes do Japão, dos Estados Unidos e do Reino Unido. Vale dizer que todos os valores mencionados na lista são referentes aos aparelhos desbloqueados.
Os preços brasileiros são os mais altos? Mito!
Em uma comparação global, o Brasil não é o mercado com os preços mais altos. A história muda um pouco quando consideramos os países com o segmento mais aquecido. É comum notarmos que Estados Unidos e Reino Unido costumam cobrar menos por seus dispositivos — sendo que isso já vale há algum tempo. Mas isso não pode ser aplicado a todos os aparelhos.
O Moto X (segunda geração), por exemplo, custa mais barato no Brasil do que nos Estados Unidos (lembrando que estamos falando sobre a versão desbloqueada). Quando levamos a comparação para o Japão, podemos dizer que os preços brasileiros são mais atrativos em uma série de outros aparelhos.
Os EUA têm os menores preços? Verdade!
Com raras exceções, os celulares vendidos nos Estados Unidos são mais baratos do que em qualquer outro lugar do mundo — lembrando que isso vale para quase qualquer tipo de dispositivo eletrônico. O motivo disso é praticamente cultural.
Outro fator que colabora bastante para a redução nos valores é relacionada aos impostos. Incentivos fiscais permitem que os produtos possam chegar às prateleiras com poucas taxas, agregando menos valor aos eletrônicos. E esses são apenas alguns dos principais fatores que deixam os produtos norte-americanos mais baratos do que no resto do mundo.
Sempre vale a pena comprar de fora? Mito!
Apesar de os smartphones serem mais baratos nos Estados Unidos ou em outros países, nem sempre é uma boa ideia trazê-los ao Brasil. Quando o dólar estava mais barato, a história era diferente, mas agora os preços são bem similares e as taxas de importação fazem com que eles custem mais lá fora do que aqui. Mais do que isso, os aparelhos dos EUA costumam ter preços bem mais atraentes quando atrelados a planos nas operadoras — não podendo ser usados no Brasil.
Também é preciso se de lembrar de outros detalhes. Apesar de ser cada vez menos frequente, ainda existem problemas de compatibilidade de rede — ou de tomada, mas isso é o de menos — que podem ser encontrados. Quando falamos de aparelhos bloqueados por operadoras, há ainda mais problemas.
Além de ser possível não haver integração entre aparelhos e redes móveis, também há muitos smartphones que não possuem suporte por aqui — sem falar que há outros que nem ao menos podem ser desbloqueados, pois são edições limitadas de alguns países. Ou seja... Há grandes chances de o smartphone ficar totalmente inoperante se acontecer algum problema com ele, uma vez que a assistência técnica autorizada pode não atender suas necessidades.
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Como você pode ver, o mercado de smartphones é bem similar em todo o mundo. Há uma grande quantidade de aparelhos que custam menos no mercado externo, mas as lojas brasileiras não fogem muito do preço médio — com exceção do Galaxy S6 Edge e dos iPhones 6. Você imaginava isso tudo?
Fontes