Na maior parte do mundo, os smartphones já tomaram conta completamente do mercado mobile, deixando apenas na memória dos usuários aqueles estilosos aparelhos com flip e slide. No Japão, entretanto, essa onda ainda não passou e, pelo que parece, vai demorar a passar. Em 2014, o mercado japonês absorveu mais feature phones ou celulares comuns — como os com flip — do que smartphones tradicionais.
Na verdade, as vendas desses aparelhos mais básicos só crescem, enquanto a dos mais modernos declina consideravelmente a cada ano. Uma das maiores operadoras do Japão, a KDDI, inclusive encomendou para a Sharp uma linha de aparelhos que mistura funções de smartphones com o design de feature phones. Com isso, foi criada a série Aquos K, que têm feito relativo sucesso por lá.
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As fabricantes japonesas e a KDDI tem feito pesquisas com a população para saber por que eles não mudam para os smartphones. Basicamente, eles prezam muito pela longa duração da bateria e pela facilidade de digitar com o teclado numérico. A sensação de apertar teclas físicas também parece agradar muito aos japoneses.
Por conta disso, muitas fabricantes têm levado o Android para o mundo dos smartphones com flip, considerados muito legais e estilosos pelos japoneses. E convenhamos, eles realmente tem designs mais interessantes que os nossos smartphones atuais, basicamente feitos apenas de uma barra preta qualquer.
Convenientes
Além dessas facilidades que os celulares mais básicos possuem, eles também são mais leves, mais resistentes a quedas e consideravelmente mais baratos. Eles também usam bem menos dados das redes das operadoras, o que as faz vender planos mais baratos para clientes que compram esses celulares.
Contudo, com a popularização do Line por lá, o concorrente do WhatsApp, muita gente tem desejado um celular com flip que permite mandar mensagens através desse mensageiro. Os modelos que rodam Android estão aproveitando essa onda, o que tem tornado os aparelhos com flip mais caros e avançados, sendo que muitos já têm inclusive 4G LTE.
Alguns analistas de mercado acreditam que o crescimento nas vendas de celulares básicos no Japão em 2014 foi apenas o último grande suspiro antes da morte desse segmento por lá. Contudo, considerando como o pessoal naquele país adora o estilo desses modelos, é possível que eles ainda sobrevivam por algum tempo.
Fontes