Blu Life One, smartphone top de linha e que custa apenas US$ 299 (Fonte da imagem: Divulgação/BLU)
Você já viu algum smartphone feito pela BLU? É muito provável que não; afinal, trata-se de uma minúscula companhia sediada na Flórida e que por muitos anos permaneceu na sombra de grandes nomes como Samsung, Sony ou até mesmo Apple.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
O que você mal desconfia é que essa “pequena notável” está ganhando um grande espaço no mercado em uma velocidade avassaladora – e especialistas acreditam que ela pode botar em risco o sucesso das companhias mais famosas em um futuro não tão distante.
De acordo com Samuel Ohev-Zinion, CEO da BLU e profissional com mais de 16 anos de experiência na indústria de telefones celulares, o maior problema do mercado atual é que as pessoas não pagam por um smartphone bom, e sim um smartphone de marca.
O executivo acredita que ao comprar um gadget da Samsung você não está somente adquirindo os componentes eletrônicos necessários para construir aquele aparelho, e sim seu “logotipo”, seu alto investimento em marketing e outros custos variados que nem sempre são tão justos como deveriam.
BLU Life View e sua tela HD de 5,7 polegadas (Fonte da imagem: Divulgação/BLU)
Bom, bonito e barato
E é provavelmente por não ter um grande nome associado a si mesma e não contar com grande verba para enormes campanhas de marketing que a BLU consegue comercializar smartphones high-end desbloqueados por preços bastante competitivos.
Um grande exemplo é seu novo top de linha Blu Life One (cujo design é claramente inspirado no Galaxy S3), equipado com uma tela IPS HD de 5 polegadas, 16 GB de armazenamento interno (expansível para até 32 GB com micro SD), 1 GB de RAM, uma câmera traseira de 13 MP e uma frontal de 5 MP – ambas com capacidade para gravar vídeos com 1080p de resolução. Tudo isso por míseros US$ 299, menos da metade do preço de um Galaxy S3 desbloqueado.
A companhia ainda conta com vários outros celulares em seu portfolio – como o Life View (com configurações menos poderosas e uma tela de 5,7 polegadas, mesmo preço) e o Life Play (dispositivo low-end, voltado para um público mais jovem e mais focado em reprodução de mídia, US$ 229).
Blu Life Play: design arrojado e foco na reprodução de mídia em um aparelho de US$ 229 (Fonte da imagem: Divulgação/BLU)
Apostando na liberdade do usuário
Embora ainda esteja um pouco distante de competir com grandes nomes, a BLU mostra um ritmo de crescimento satisfatório: em 2012, a companhia vendeu um total de 4,1 milhões de aparelhos. Para fins comparativos, o número de vendas no ano de inauguração (2009) foi de 70 mil telefones.
Ohev-Zinion justifica sua estratégia: “Ninguém quer ficar preso em planos de operadoras. As pessoas querem adquirir um telefone desbloqueado, e o fato de o Nexus 4 vender todo o seu estoque em poucos minutos é a maior prova disso”. O executivo acredita que haverá muitas outras empresas que não vão ser capazes de se manter caso isso vire tendência.
E você? Acredita no potencial de pequenas fabricantes como a BLU?