(Fonte da imagem: iStock)
Caro usuário do Tecmundo, se você acompanha as informações divulgadas diariamente pela imprensa, já deve ter se deparado com espantosos informes acerca de crianças e adolescentes, famosos e anônimos, que viraram notícia nas escolas e bairros por terem sido protagonistas de fotos ou vídeos eróticos.
Logicamente não são apenas jovens que se envolvem nesse tipo de cilada, adultos também são - com maior frequência - vitimados pela inconfidencialidade da internet. Fato comprovado pelos inúmeros links de “flagras” a que muitos usuários são expostos ao visitar blogs, sites ou mesmo recebidos por email.
É possível atribuir boa parcela da culpa desse processo à popularização dos celulares com câmeras e também à facilidade de acesso a conteúdos, assim como a propagação deles, com o auxílio destes aparelhos com conexão à internet. E por que esses itens têm culpa? Os celulares permitem que muitos jovens tenham acesso à funcionalidade das câmeras digitais por preços mais baixos, e a facilidade na difusão encurtou ainda mais as distâncias entre pessoas de diferentes regiões.
Então isso é sexting?
Em um passado não muito remoto, quando as trocas de mensagens por celular eram limitadas aos textos, surgiu uma vertente do sexo virtual similar às insinuações feitas em salas de chat e mensageiros instantâneos, com textos provocantes e descritivos. Com o avanço das tecnologias móveis, as coisas foram evoluindo e passaram a ser enviados fotos e vídeos com conteúdo erótico e pornográfico.
O nome “sexting” é baseado em uma junção de palavras, oriundas dos radicais “Sex” (sexo) e “Ting” (sufixo de texting), exatamente por essa origem histórica do “sexo por mensagens de texto”. Apesar de atualmente os conteúdos terem se tornado menos textuais, o nome manteve-se. Hoje, admite-se como sexting o envio de conteúdo erótico pessoal por qualquer meio eletrônico, incluindo mensageiros instantâneos e emails.
Os perigos do sexting
Como já foi dito, geralmente o material erótico pessoal tem grandes chances de fugir do sigilo e acabar recheando caixas de e-mail, comunidades e blogs especializados no gênero do conteúdo. Quando se trata de adultos, os constrangimentos são bastante prejudiciais e podem chegar a atrapalhar em muito as relações profissionais e/ou acadêmicas das pessoas que aparecem nas imagens, além é claro, de afetar psicologicamente e possivelmente reprimir futuros relacionamentos pessoais.
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Em crianças e adolescentes, os efeitos podem ser piores ainda. A exposição do corpo ou difusão da imagem do jovem como sendo uma pessoa “erótica”, pelo fato de tornar o menor um foco de atenção e quase sempre alvo de Bullying e Cyberbullying, acaba por minar toda a estrutura psicológica da vítima. Em 2008, uma garota de 18 anos cometeu suicídio após ter uma foto nua vista por todo o colégio em que estudava, nos Estados Unidos.
Evite...
Existem locais na internet que são alvos frequentes dos caçadores de sexting, onde geralmente acolhem-se pessoas com carência afetiva, menores de idade e outras indivíduos facilmente burláveis. Como exemplo, é possível citar as salas de bate-papo e sites de relacionamento, como o Orkut. Esses sites tornam-se alvos fáceis devido à facilidade de manipulação dos usuários, em sua maioria, jovens e adultos que se sentem abandonados pela vida real e que acabam buscando, na vida virtual, um escape para seus anseios.
Em 2005, a Google foi obrigada pela justiça brasileira a liberar informações para a Polícia Federal, para auxiliar a identificação de um grupo de pedófilos que utilizavam a rede social Orkut para aliciar menores. A Google também forneceu senhas especiais para que os policiais especializados em crimes cibernéticos pudessem intervir em comunidades e perfis suspeitos.
Não confie...
Uma dica que o Tecmundo dá aos seus milhões de usuários: jamais divulgue imagens eróticas ou pornográficas, nem mesmo para parceiros fixos e amigos. A história comprova que a grande maioria dos casos de distribuição de material “amador” inicia-se com o envio de fotos para o namorado, vídeo para a noiva ou casos piores, como pessoas que divulgam –por vingança – conteúdo de seus antigos parceiros.
Além da reprodução deliberada, há outras formas desses conteúdos serem espalhados pela rede: celulares perdidos ou roubados, computadores invadidos por crackers...são várias as possibilidades. O Tecmundo espera ter conseguido atingir com clareza os objetivos informativos do artigo sobre sexting. Alertando sobre os perigos do envio de material erótico pessoal, o Baixaki espera também estimular o uso consciente dos meios eletrônicos.
Você conhece alguém que foi vítima do sexting? O que pensa a respeito deste fenômeno que vem depreciando várias e várias pessoas ao redor do mundo?